Mudou de humor muito rápido? Ah, é bipolar!
É distraído demais? Certeza que é déficit de atenção!
É muito organizadinho? Mmm… tem TOC!
Muito cuidado com autodiagnóstico de problema mental – deixe isso para psiquiatras!
“A banalização do autodiagnostico de doenças mentais” foi nossa escolha de tema para você escrever esta semana. Dessa forma, será uma ótima oportunidade para repensarmos a forma como rotulamos a nós mesmos e aos outros.
Desse modo, tudo que você precisa fazer é usar o tema acima e escrever uma redação para Enem. Assim, inclua as consequências de se relacionar as várias denominações das doenças mentais com simples traços de comportamento. Além disso, é preciso, também, dar alguma proposta de intervenção.
Dessa forma, os textos abaixo são os melhores que encontramos pra te ajudar.
TEXTO 1
Falar de estresse todo mundo fala… Poucos sabem o que significa.
Muitos utilizam a palavra estresse para definir um dia agitado de trabalho ou uma noite mal dormida. Entretanto, efetivamente, poucos têm sinais e sintomas de estresse, que são decorrentes de uma adaptação fisiológica do ser humano, responsável, inclusive pela nossa sobrevivência!
Estresse não é doença.
Em situações de perigo, é normal nossos batimentos cardíacos acelerarem e a respiração aumentar, o coração precisa bombear mais sangue para determinados órgãos vitais para as reações de luta ou fuga.
Desse modo, diversas situações no ambiente de trabalho, na família e em nossas metrópoles violentas podem levar o organismo a repetir o tempo todos esses padrões de resposta, quando hormônios como noradrenalina e cortisol são secretados e podem predispor, se mantidos em níveis elevados, a doenças como hipertensão, diabetes, infarto, depressão entre outras.
fonte: Psiquiatria da Mulher
TEXTO 2
Experiência com a banalização dos transtornos mentais
Vítima da banalização das doenças mentais, a estudante de Jornalismo Anna Clara Carvalho, de 21 anos, sofre com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), doença que integra os transtornos ansiosos que atingem 9,3% da população brasileira, segundo o relatório Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais de saúde, divulgado pela OMS em 2017.
Para Anna Clara, a banalização de sua doença impede as pessoas de perceberem seu real estado de ansiedade (natural ou ansiedade fora do normal) e até mesmo quando está apenas séria. “Podemos estar ansiosos para uma viagem, para uma festa ou para um trabalho. Dessa forma, é normal das pessoas, do ser humano. Entretanto, o problema é quando isso começa a ser por qualquer coisa e em todo o tempo do seu dia”, diz Anna Clara.
Assim, e o problema se agrava com a incompreensão que a jovem percebe nas pessoas com quem se relaciona. “Elas sempre falam que estão ansiosas, mas quando nós falamos que estamos tendo uma crise de ansiedade ou estamos passando por um momento mais difícil nesse sentido, elas acham que vai passar ou que é só um nervoso por alguma coisa.”
Para Anna Clara, a banalização da doença mental atrapalha o entendimento do transtorno e também a busca por tratamento. “O maior problema da ansiedade é quando as pessoas começam a enxergá-la como um sentimento qualquer, que não precisa ser tratada; não tem valor e não precisa ser encarado com seriedade.”
fonte: Jornal Usp – Banalização
TEXTO 3
Por que o autodiagnóstico é problemático
Os pesquisadores estão preocupados que ser neurologicamente ou psicologicamente atípico tenha se tornado uma espécie de subcultura no TikTok e no Twitter. Em seguida, após os últimos anos, todos nós compartilharam sentimentos semelhantes de ansiedade induzida pela pandemia, tornando os tópicos alusivos às lutas da saúde mental altamente relacionáveis.
É fácil olhar para os sintomas de um distúrbio e dizer ‘Meu Deus, eu faço isso!’
(…)
Entretanto, embora seja da natureza humana “classificar” nossas experiências para moldar nossa compreensão do mundo e de nós mesmos, os psicólogos acreditam que quando tentamos catalogar e caracterizar todos os elementos da natureza humana, isso pode promover uma cultura de superanálise e paranóia que tem potencial para prejudicar o nosso bem-estar.
fonte: Portal Thred
TEXTO 4
Organizar as coisas por cores pode ser um sintoma de TOC?
De início, por mais que a mania de organização muitas vezes seja imediatamente interpretada como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ter esse comportamento não quer dizer necessariamente que alguém sofre desse transtorno. Assim, para que o TOC seja diagnosticado, é preciso que uma obsessão seja acompanhada de uma compulsão equivalente.
(…)
O TOC envolve a presença de pensamentos intrusivos de ordem, limpeza, autorregeras que a pessoa não consegue controlar, por mais que tente. Assim, a partir daí, ela desenvolve rituais para eliminar esses pensamentos. Desse modo, normalmente são pensamentos sem função ou que geram muito sofrimento e gasto de tempo.
fonte: Sempre Família – Bipolaridade
Repertórios socioculturais relacionados ao tema “A banalização do autodiagnóstico de doenças mentais”
vídeo – Ana Beatriz Barbosa é uma conhecida psiquiatra, ótimo repertório para você; neste vídeo ela mostra que ser organizado não significa ter TOC.
estudo – o assunto que escolhemos para o tema desta semana já foi estudado antes pela Unievangelica que usou as redes sociais para isso – aproveite para recolher repertório.
vídeo – O psicólogo e neurocientista Eslen Delanogare vai revelar por que parece que todo mundo tem TDAH.
livro – Mrs. Dalloway é um clássico da inglesa Virginia Woolf, no qual relata problemas psicológicos de várias nuances e possíveis curas para eles, um século atrás.
vídeo – chamar alguém de narcisista parece estar na moda… A psicóloga Zaionara esclarece que o que é de verdade udestam narcisista.
artigo – é a hora de você descobrir por que chamar alguém de louco nem sempre é o correto: a psicóloga Fernanda M. de Lacerda explica a diferença entre louco e normal.
filme – “Cisne Negro” é um filme de 2010 que deixa claro como não é assim tão simples diagnosticar uma doença mental.
Nossa equipe de corretores já está corrigindo redações sobre o tema “A banalização do autodiagnóstico de doenças mentais”, como o Enem exige. E a sua? Chega quando?
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