É um fato notório que na atualidade, o Brasil sofre com as superlotações de veículos nas ruas, principalmente, em cidades grandes, como as capitais e as algumas metrópoles do país. Isso demonstra a falta de utilização dos transportes públicos disponíveis, que segundo uma pesquisa do Ipea, desabou em 30% nos últimos dez anos, reflexo da má qualidade desse meio que ainda possui um alto custo para a população que o utiliza, além do abandono às ferrovias, visto que são bastante utilizadas em potências mundiais, por serem mais seguras, eficientes e possuírem menor custo para população. Assim, torna o ambiente urbano com cada vez mais engarrafamentos, libera mais poluentes na atmosfera e provoca altos custos parta o Estado devido a acidentes com automóveis.
Em uma tentativa de impulsionar o transporte rodoviário e a produção de veículos, principalmente no governo de Juscelino Kubitschek, o país acabou formando outro grande problema, a superlotação de veículos. Devido a facilidades de adquirir um veículo e o aumento do poder aquisitivo da população, aumentaram-se ainda mais o número de veículos individuais em circulação, que abrange atualmente 51% da mobilidade nas áreas urbanas. Isso ocorre também pela falta de investimentos no setor ferroviário e nos transportes públicos disponíveis, que no geral são de péssima qualidade e com grande custo para quem os utiliza com frequência. Logo, atinge também a qualidade de vida, que cai com os transtornos no trânsito e o país deixa de utilizar uma alternativa de transporte, o ferroviário, que beneficiaria principalmente a população com menor poder de renda.
Um dos maiores poluentes que agrava o efeito estufa, é o dióxido de carbono, liberado principalmente pelas indústrias e pelos automóveis em circulação. Por consequência, acaba por influenciar na temperatura da região, causando desequilíbrios climáticos e, portanto, prejuízos à saúde da população. Além de que, conforme há mais veículos individuais, aumentam-se as chances de ocorrência de acidentes e, por conseguinte, garantem custos 6 vezes mais altos do que quando é utilizado o transporte coletivo, segundo a ANTP. Por isso, é benéfico para o meio ambiente e às contas do Estado, que se utilize mais transportes públicos, porém isso só é possível se forem de qualidade e que existam algumas alternativas de uso.
Assim sendo, faz-se necessário medidas que intervenham na situação. Conseguintemente, cabe ao Governo Federal em parceria com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), investir em novas formas de transportes coletivos, como o ferroviário e melhorar a qualidades dos já existentes, para assim tentar regular o tráfego de veículos em locais com grandes engarrafamentos, principalmente nas grandes cidades, tentando reverter a situação de superlotação dos veículos em circulação. Além do Ministério do Meio Ambiente também em parceria com o MTPAC, regulamentar medidas legais para as fabricantes produzirem automóveis que emitam o mínimo de poluentes no meio ambiente, e para a troca de componentes para minimizar a emissão desses gases em carros já fabricado, e dessa forma, reduzir o efeito estufa. Com essas medidas, poderemos aumentar qualidade de vida da população e possuir um país com transportes mais viáveis e seguros, além de menos poluente.