No Brasil contemporâneo, é imprescindível o debate acerca dos testes em animais na fabricação de cosméticos. Diante disso, repensa-se o romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, em que traz uma crítica à desumanização e moral, em que o personagem “Baleia”, um cachorro, ganha mais destaque em comparação aos humanos fictícios. Analogamente, reflete-se sobre a crueldade dos testes nos bichos e como isso desvia de uma questão ética social-ambiental. Logo, faz-se necessário abordar sobre esta pauta na sociedade e os métodos alternativos.
Em primeiro lugar, é relevante destacar a falta de abordagem deste tema dentro do corpo social. Sobretudo, de acordo com o R7, somente oito, dentre os vinte e seis estados totais do país, contam com leis que proíbem o uso de animália em testes para cosméticos. Ou seja, em muito menos da metade do Brasil, enquanto Estado, luta-se contra esta causa, uma vez que, não é um tema muito citado e, assim, por sua vez, a sociedade fica inconsciente do problema, que não é resolvido, devido a uma ascensão do ramo de cosméticos a cada dia, que gera o sofrimento dos animais. Então, se faz uma problemática emergente.
Ademais, destaca-se a prática de métodos alternativos. Atualmente, mais acessíveis e em fase de disseminação, estes têm grande potencial para reduzir e até mesmo substituir o uso de animais. Estes métodos são, em muitos casos, mais rápidos e baratos, além de terem condições experimentais altamente controladas e resultados quantificáveis. Além disso, segundo a agência reguladora dos Estados Unidos “Food and Drug Administration”, 92% dos medicamentos aprovados em testes com animálias falham quando aplicados em humanos. Dessa maneira, vê-se que em muitos casos os animais sofrem as consequências de maneira vã, consequentemente, cresce os experimentos em cosméticos, medicamentos e brinquedos. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver este conflito.
Portanto, ações exequíveis se fazem mister para a solução deste emblema. Por isso, cabe ao Governo federal, em parceria com o Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal a disseminação de informações acerca de leis, marcas e produtos, por meio de folhetos, comerciais e publicações em redes sociais, a fim de a sociedade estar consciente deste problema, de maneira que desperte no cidadão o engajamento de lutar contra abuso e exploração de animais, com hashtags e campanhas na internet, por exemplo. Enfim, chegar-se-á a uma realidade em que a moral e a ética social-ambiental, como em Vidas Secas, serão seguidas.