Leia os textos abaixo e crie um texto dissertativo-argumentativo com o Tema – A crescente descrença no pensamento científico.
Texto 1
O movimento antivacinação tem proliferado nos últimos anos, principalmente, por meio do ativismo propagado nas redes sociais. A falsa segurança (decorrente da ausência de surtos), o medo de reações colaterais à vacina e a difusão de informações falsas são as principais causas. A saúde pública no Brasil é extremamente precária, entretanto, a política de vacinação implantada pelo Sistema Único de Saude não só se mostrou eficiente, mas um modelo de prevenção para diversos países. Essa eficiência, portanto, foi responsável pela erradicação da Poliomelite e redução de outras doenças a níveis ínfimos; o que fez com que muitos negligenciassem a importância da vacinação e questionassem sua real eficácia. Há, por parte de vários pais, certo receio em relação aos efeitos adversos das vacinas, já que, comumente, desencadeiam pequenas reações alérgicas nas crianças. Por mais que lhes doam o sofrimento dos filhos, esse é menos nocivo que o impacto de doenças e epidemias. Embora tal atitude fosse mais esperada em camadas pouco instruídas ou pobres da população, jovens de classe media, com alta escolaridade e acesso à informação estão entre os principais adeptos da antivacinação. Se a predileção por terapias alternativas (homeopatia, florais, cristais, “reiki” e benzeduras etc), tem suplantado a “crença” em vírus, fungos e bactérias, quem sofre riscos e/ou danos permanentes de doenças triviais – já que vacináveis, – são as crianças não imunizadas. […]A proliferação do movimento antivacina comprova a atual demonização do conhecimento científico. A promoção do discurso do medo, da ignorância e do obscurantismo necessita, portanto, ser combatida com uma educação que garanta um olhar mais crítico sobre as mídias e a realidade.
Fonte: https://redacaoemrede.blogspot.com.br/2017/10/redacao-tema-o-movimentoantivacinacao.html
Exemplo Tema – A crescente descrença no pensamento científico
Segundo o filósofo Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Contudo, não só deixa de mudar, mas também passa a retroceder avanços já obtidos, uma vez que a descrença na ciência se molda a partir da falta de informações concretas e também pela sensação de segurança conquistada após tantas lutas da ciência sobre a saúde brasileira. É fato que essa estabilidade acaba ligando-se à pessoas que não viveram em más épocas e as tornam incrédulas sobre a eficácia, por exemplo, de vacinas.
Em primeiro lugar, é importante destacar que, em função de muito planejamento e uma forte campanha, o Brasil tornou-se um exemplo no sistema de vacinação pelo SUS. Porém, com o passar dos anos, a erradicação de graves doenças fez com que a população duvidasse da veracidade de determinadas doenças, fazendo com que as mesmas retornem a atormentar os brasileiros. É de extrema importância a constante conscientização sobres fatos já ocorridos em decorrência da descrença do pensamento científico.
Por conseguinte, temos a revolta da vacina, ocorrida no século XX, para concretizar o dito pelo filósofo George Santayana onde, aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repiti-lo. Sendo assim, não crer nas descobertas e avanços trazidos dos estudos científicos farda o povo a viver novamente grandes endemias. Paralelamente a isso, relacionamos também a importância do governo sobre a imposição da vacina e suas importâncias, como ocorrido na revolta.
Portanto, é mister que o estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério da Saúde (MS) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais e televisiva que informem a população sobre os riscos da alienação sobre o pensamento científico, como as vacinas, sugerindo ao interlocutor buscar conhecimento e confiança sobre a saúde através da rede pública brasileira. Somente assim, será possivel combater problemas, como a volta de doenças, que estão sendo causados por essa dúvida na ciência e, ademais, não precisaremos repetir os erros passados, ocorridos na revolta da vacina.