Ordem e progresso. Esses são dizeres presentes na bandeira do Brasil. Apesar de tal disposição, percebe-se que a assimetria social dificulta a telemedicina no cenário hodierno, pois a existência desse assunto é fruto de ações desordenadas e primitivas. Desse modo, é notório que esse é um problema coletivo sustentado pela negligência governamental e pela falta de políticas públicas.
Primeiramente, nota-se que a negligência governamental é causa expressa da questão. Sobre isso, Aristóteles diz, em seu livro "Ética a Nicômaco", que a política existe para garantir felicidade aos cidadãos. No entanto, é fácil perceber que, essa afirmação de Aristóteles não é consumada na realidade brasileira, pois a desigualdade de classes impede que a medicina à distância atue de forma eficaz. Diante disso, em um dado mais recente da PNUD mostra que, o Brasil é o 7º país mais desigual do mundo. Ou seja, pobres e ricos vivem realidades bem diferentes, já que as dificuldades existentes no Brasil, como as estruturais, fazem com que a população menos favorecidas continuarem a ir aos hospitais, porque nem todos tem acesso à internet, por conseguinte, muitas vezes sobrecarrega as redes públicas de saúde. Nesse sentido, é visível que medidas devem ser tomadas para atenuar essa problemática.
Ademais, a falta de políticas públicas é causa secundária da questão. Nessa perspectiva, Abraham Linclon, disse, em um dos seus discursos, que a política é serva do povo e não ao contrário. Em relação a essa afirmação, observa-se uma inconformidade com o tema, devido a ausência do acesso à internet e a escassez de aparelhos de cominicação para as pessoas mais vulneráveis. Além disso, o vazamento de dados pela "Web" é um problema que persiste. Por isso, é preciso que a política sirva o povo com metas e ações públicas, por meio de investimentos na infraestrutura de sistemas de telecomunicações para solucionar esses problemas. Só assim, será possível desfazer esses impasses e diminuir casos extremos entre classes.
Portanto, faz-se necessária uma intervenção como forma de solucionar esse viés. Logo, é mister que o Ministério da Economia junto com o Poder Legislativo, criar um projeto que promova o combate à desigualdade social, com o intuito de aumentar as ofertas de empregos. Essa ação deverá contar com empresários e gerentes, a fim de contribuir para a cidadania brasileira no que diz respeito ao desequilíbrio populacional e no obstáculo da implantação da telemedicina e telessaúde no Brasil. Espera-se que, dessa forma, o país obtenha igualdade fundamental para garantir o bom funcionamento social para todos os indivíduos.