Ao observamos o funcionamento do primeiro princípio de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que o corpo tem a tendência a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso, a falta da total representatividade no esporte é um problema que persiste na sociedade brasileira há algum tempo. Assim, em vez de funcionarem como a força ,suficientemente, capaz de mudar a direção deste óbice, da permanência para a extinção, as ações por parte do Governo, aliadas à razão estrutural social, acabam por contribuir com o cenário atual.
Em uma primeira abordagem, de acordo com o site de notícias Globo, nenhum dos 33 presidentes das Confederações Olímpicas Brasileiras é negro. Esse dado evidencia a baixa eficiência de ações governamentais em firmar o total combate à falta de representatividade no esporte por todo o território nacional. Acerca disso, é pertinente trazer o discurso do pensador Thomas Hobbes, o qual conceitua que o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população ,entretanto, isso não ocorre de maneira ampla no país. Devido à falta da correta fiscalização e administração do dinheiro público por parte de algumas gestões, não é destinada verba de maneira proporcional à necessidade para resolver tal impasse. Diante disso, é notório que essas intervenções não estão sendo satisfatórias para melhorar a situação dessa problemática.
Além disso, é cabível afirmar que esse quadro deletério acontece devido, também, à razão estrutural que é o Fato Social. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, esse termo é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, coletividade e coercitividade. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que a lenta mudança na mentalidade de parte da sociedade, sobre a importância da mitigação da falta da total representatividade no esporte, pode ser encaixada na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em uma família com o comportamento de não entender essa importância, tem a tendência a adotá-lo, também, por conta da vivência em grupo. Assim, o combate a esse empecilho deve começar fazendo com que os jovens não adotem essa maneira de agir e pensar de seus familiares, e, para isso, é fundamental o trabalho da escola.
Portanto, ações conjuntas do Governo e da sociedade são necessárias para a realização da modificação no trajeto desse percalço. Nesse sentido, com o propósito de romper a persistência dos fatores que geram o problema, é essencial que o Ministério da Educação e Cultura, em companhia do corpo social, desperte um senso crítico nos jovens sobre tal questão, a começar por meio da implementação de palestras educativas, apresentações artísticas e atividades lúdicas nas escolas, com o intuito de retratar as consequências que podem ser geradas pela falta do total combate à falta de representatividade no esporte e, também, sobre a importância da superação desse cenário negativo para a construção de uma sociedade melhor. Tais ações deverão ser disponibilizadas nas redes sociais do Ministério, a fim de atingir um público maior. Somente assim, a conduta governamental e a sociedade funcionarão como a força descrita por Newton e mudarão o caminho desse problema para a extinção.