No Brasil Contemporâneo, a redução da maioridade penal ainda é analisada como uma medida paliativa e deve ser a todo custo evitada. Isso se deve, sobretudo, a situação do sistema penitenciário e ao fato de que é sempre melhor investir na educação. Desse modo, é urgente a reversibilidade do cenário em questão. A partir disso, é preciso observar que as cadeias do Brasil não servem para conscientização e aprendizado. Segundo O Globo, fonte de notícias, 42% das pessoas liberadas, após cumprirem suas penas, voltam a cometer crimes. Acontecendo assim porque não há um programa de socioeducação forte nas penitenciárias, nem uma política de reinserção. Logo, não faz sentido diminuir a maioridade penal se não vai ajudar na formação das pessoas, visto que ir para a cadeia não significa mudar e acarreta muitas vezes, na continuidade da vida ilegal. Ademais, como exposto acima, aumentar a punição de nada vai adiantar, necessitando, então, de educação. Segundo Benedetto Croce, político italiano, a violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. Ou seja, hostilidade apenas gera hostilidade e caos, subtrair a idade fazendo com que adolescentes possam ser presos apenas contribuirá com o ciclo da violência, para acabar com ele é primordial o investimento em escolas. A fim de ensinar a população e propiciar uma carreira, uma melhora na qualidade de vida. Portanto, medidas são necessárias para solucionar essa problemática. Para tanto, o Estado, como órgão máximo regulador, deve investir em educação e melhorar o sistema penitenciário, por meio do aumento da verba para escolas e penitenciárias, aprimorar a infraestrutura e criar políticas e programas voltados para a socioeducação e reinserção do preso à sociedade, a fim de aprimorar ambas as instituições, para, assim, evitar a redução da maioridade penal ao mesmo tempo que diminui a violência.