A partir do século XXI, com o advento da internet e o crescimento exponencial da comunicação, as formas de interação e ensino foram potencializadas. Entretanto, é evidente que esse aprimoramento educacional-tecnológico não foi inserido isento de efeitos colaterais na sociedade brasileira, dentre o qual se destaca o ensino a distância, isso porque poucos cidadãos desfrutam desse privilégio. Dessa maneira, torna-se pertinente explicar as causas centrais dessa questão: a desigualdade social e o baixo conhecimento técnico da população.
Diante desse cenário, é pertinente afirmar que há um nexo causal e persistente entre os problemas de inserção do ensino remoto e a desigual situação financeira no país. A respeito disso, é de conhecimento geral que, para uma plenitude de entendimento, é necessário que haja uma harmonia entre os alunos e os meios de ensino. No entanto, é factual que boa parte da população não possuem "smartphones" e sequer tem acesso à internet, visto que são bens ainda não difundidos entre os indivíduos de baixa renda. Logo, é evidente que essa exclusão cumina em um sistema não democrático e elitizado, inferindo assim, a Constituição Federal - garantidor supremo de direitos civis -. Portanto, ajustar esse panorama é um caminho essencial para atenuar o problema.
Ademais, é verídico dizer que a lacuna no conhecimento prático da sociedade gera dificuldade na articulação entre ensino e internet. Visto que, por ser um invento da última geração, poucas pessoas utilizam desses mecanismos de forma correta no dia-a-dia, por carência de instrução. Em paralelo, sabe-se que, com a chegada do Covid-19, o Brasil necessitou implementar de vez o sistema EAD (Ensino a distância) e passou por diversos desafios, como a busca de uma boa plataforma de transmissão, bem como nas aplicações de conteúdos e avaliações, tornando-se um desafio para a população, principalmente para as pessoas de mais idade. Dessa maneira, aprimorar conhecimentos gestacionais é um caminho essencial para democratizar esse meio educacional.
Em suma, fica evidente que esse obstáculo no âmbito educativo é um complexo problema. Assim, o Estado - responsável pelos serviços básicos da sociedade -, deve criar auxílios estudantis, por intermédio de bolsas escolares, objetivando garantir a inclusão de todos à essa tecnologia. Concomitantemente, a Mídia, grande articuladora dos conhecimentos públicos, deve publicar instruções para a população acerca da utilização básica necessárias para as aulas em EAD, com o intuito de formar um povo mais capacitado. Dessa forma, atenuar-se-á a questão problemática.