Tema: Caminhos para combater a gravidez precoce no Brasil.
A produção cinematográfica "Juno" aborda a gravidez precoce como consequência da falta de educação sexual na vida dos adolescentes. Sob esse viés, é possível identificar a pertinência dessa pauta e como a temática carece de atenção. Ademais, essa problemática traz consigo o forte impacto na vida desses jovens, sobretudo das mães, uma vez que percebe-se o alto índice de abandono paternal, além da evasão escolar como possíveis consequências.
Em primeira instância, cabe ressaltar o despreparo e a falta de informação dos jovens acerca do assunto. Como estratégia para mitigar essa incidência, o Poder Público vigente escolheu adotar a abstinência sexual como opção, sem citar qualquer método contraceptivo em seu Plano Nacional de Prevenção à Iniciação Sexual Precoce. Nesse sentido, é notório o desacerto em assumir uma conduta proibitiva como uma alternativa, suprimindo a importância de levar informação e instrução para que os jovens lidem com essa situação de forma responsável, adotando métodos que tenham sua eficácia cientificamente comprovada.
Além disso, outro problema ocasionado por uma gestação precoce é a grande evasão escolar dos pais da criança. Nessa lógica, o pai tende a ocupar-se com atividades que o traga retorno financeiro a fim de oferecer amparo a sua nova família, afastando-se dos estudos. A mãe, por sua vez, lida com as mudanças de seu corpo que a leva ao afastamento das instituições de ensino nesse período, além de ter sua responsabilidade aumentada ao enfrentar o abandono paterno, que é recorrente sobretudo nessa idade. Por isso, é necessário que atitudes sejam postas em prática para afastar a sociedade brasileira dessa eventualidade.
Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para que haja o controle de gravidezes indesejadas no país. Para isso, o Ministério da Educação deve promover a conscientização dos jovens por meio de palestras e debates ministrados por educadores sexuais nas instituições de ensino, assegurando o acesso à informação para o público discente. Paralelo a isso, o Ministério da Saúde deve ampliar pontos de distribuição de camisinhas, de forma que alcance as instituições de ensino para que os jovens tenham acesso facilitado a métodos contraceptivos. Assim, investindo na contracepção e na instrução do público juvenil será possível poupar os jovens desse descuido inconsequente.