A superexposição nas redes como fator para insanidade mental
No episódio “queda livre” da série americana Black mirror, há a presença de uma protagonista viciada no uso das redes sociais e que leva suas avaliações virtuais à sua vida física. Análogo a isso, na sociedade hodierna há uma exposição individual exarcebada que muitas vezes gera consequências emocionais e físicas, como traumas decorridos de padrões virtuais ou até violação de privacidade por parte de outrem.
Mormente, o uso das redes sociais na sociedade contemporânea se faz benéfico em momentos de lazer tais como em divulgações midiáticas de produtos. No entanto, o uso contínuo em conjuntura com vícios de exposição, seja por parte de relatos diários de afazeres ou postagens, pode acarretar em perseguições virtuais movidas por indivíduos com insanidades mentais; cujos mesmos criam obsessões nocivas a vida do indivíduo exposto na internet e podem praticar o “Stalking”, configurado crime de perseguição segundo a lei 14.132 da carta magna vigente.
Outrossim, com a tecnologia oferecida pelas redes sociais, cria-se um novo universo fora dos padrões físicos possíveis, ou seja, padrões utópicos, seja de beleza, vida ou até mesmo rotinas. No mundo que é documentado virtualmente, poucos são os fatos de vivência verídicos. Tal mazela, acarreta em indivíduos com a saúde mental abalada em virtude de buscas pela perfeição. A exemplo a música “Mrs. Potato Head” da cantora Melanie Martinez, a qual possui em um dos seus trechos a frase “Se você não nasceu com isso, você pode comprar”, demonstrando a facilidade de se submeter à procedimentos estéticos, movidos por padrões fomentados principalmente nas redes sociais.
Em suma, urge que se ponha limites em caraterísticas tóxicas das redes sociais. Tais limites podem ser providos pelas próprias plataformas de redes, contendo avisos de uso diário e riscos à saúde mental que os usuários possam estar se submetendo, para se reduzir a superficialidade virtual. Soma-se a isso, medidas governamentais promovidas pelo Ministério da ciência, tecnologia e inovações, com campanhas virtuais de conscientização de crimes de perseguição a qual estão sujeitos, salientando a ciência sob a lei que os protege, a fim de apoucar os crimes cibernéticos. Com tais medidas, talvez possa se formar indivíduos com a realidade distante da protagonista de Black Mirror.