O elevado índice no uso do transporte público no Brasil requer uma avaliação, o que torna necessário um debate a respeito de sua atual situação. Nesse contexto, entende-se que a utilização de ônibus, metrôs e trens é a principal estrutura do transporte público brasileiro. Nessa perspectiva, nota-se que a superlotação, concomitante ao precário investimento governamental, são causas que corroboram a necessidade de mudanças. Desse modo, faz-se inescusável a tomada de medidas que visem atenuar dessa problemática.
Sob esse viés, vale ressaltar que a superlotação nos traslados públicos é um dos fatores que impedem a eficácia da mobilidade urbana. Nesse ínterim, conforme incluído na Constituição federal, o transporte é um direito social. Entretanto, com uma elevada demanda, a mobilidade, hodiernamente, disponível é incapaz de suprir essa procura gerando desconforto para os passageiros, em virtude do elevado fluxo de pessoas e, consequentemente, incapacitando sua eficiência. Logo, torna-se evidente a necessidade de investimentos, a fim de aumentar o fluxo de ônibus, por exemplo, possuindo capacidade para atender um número mais amplo de pessoas que dependem desse serviço.
Outrossim, a falta de investimentos governamentais soma-se à superlotação nos translados. Porquanto, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, com a implantação de políticas capazes de subsidiar melhorias para o transporte, reduziria em 30% o custo atual do serviço. No entanto, assim como o governo precisa investir no aumento da frota de meios de locomoção, também torna-se determinante investir na infraestrutura desses veículos condutores, concomitante a melhorias em estações e terminais. Nessa ótica, observa-se a intrínseca relação entre a mobilidade urbana ideal e os investimentos governamentais, contribuindo para a resolução dos problemas no uso do transporte público brasileiro.
Por tudo isso, urge a ação imediata, para reverter esse impasse. Para tanto, é dever do Governo Federal, órgão responsável pela administração pública da nação, por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, investir na ampliação de transporte disponível com a melhoria na mobilidade urbana e na infraestrutura desses transportes, com o objetivo de oferecer mais qualidade de serviço, buscando satisfazer seus usuários. Ademais, faz-se fulcral a diminuição do preço das tarifas do transporte público, por meio do Estado, a fim de torná-lo mais acessível, aumentando, assim, o número de passageiros.