Tema: Crise hídrica no Brasil
No livro do escrito João de Cabral de Melo Neto “Morte e Vida Severina” é retratado um migrante que foge da fome e seca do nordeste buscando uma melhor condição de vida. Infelizmente, a realidade não destoa da apresentada na obra, tendo em vista que grande parcela da população ainda sofre com a crise hídrica no Brasil. Tal problemática se deve ao desmatamento e a poluição dos recursos hídricos, os quais necessitam ser solucionadas.
Primeiramente, um dos contribuintes para a ocorrência da crise hídrica é o desmatamento. Ao analisar a dinâmica das chuvas é perceptível que grande parcela desse fenômeno se deve aos rios voadores da floresta Amazônica, em que o vapor transpirado pelas árvores deslocam-se para outras regiões e precipitam. Contudo, de acordo com o site g1.com, o desmatamento da Amazônia na temporada 2020/2021 foi o maior nos últimos dez anos, fato o qual além de retirar a mata que protege as nascentes dos rios ainda diminui consideravelmente a área de transpiração foliar. Assim, esse agente interfere diretamente na distribuição de chuvas no âmbito nacional, o que causa uma acentuada falta de água nas regiões.
Outrossim, a poluição dos recursos hídricos também acarreta o quadro da crise hídrica no Brasil. Segundo a pesquisa exibida pelo site g1.com, o Brasil possuí 12% da água doce disponível no mundo, recurso indispensável para a vida humana. Todavia, muitos dos rios brasileiros não estão disponíveis para consumo devido a poluição, como ocorre no rio Tietê que passa pela metrópole São Paulo, o qual recebe em sua extensão lixo e efluentes domésticos e industriais. Desse modo, apesar do Brasil possuir o maior índice de água potável, não é possível utilizar de todo esse recurso em virtude da contaminação, assim, esse fator age contribuindo diretamente para a crise hídrica.
Logo, diante dos aspectos conflitantes relativos a crise hídrica no Brasil é indiscutível a realização de ações interventivas. Para tanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente investir uma maior porcentagem dos impostos arrecadados para a contratação de fiscais que teriam como função fiscalizar as florestas como a Amazônia e também os recursos hídricos. Assim, esse maior controle visa acabar com o desmatamento e também a poluição dos rios, caso sea encontrado algum problema os infratores poderam ser presos e multados com altas taxas, as quais devem ser destinadas ao tratamento da área atingida procurando retornar ao natural. Nessa perspectiva, espera-se que a crise hídrica não seja uma realidade encontrada no Brasil.