Desde a época dos caçadores-coletores, o Homo Sapiens adquiriu um amplo domínio acerca da exploração dos recursos naturais, os quais, na era moderna, são a matéria-prima do progresso civilizacional. Em contrapartida, no Brasil, percebe-se que essa relação exploratória trouxe efeitos colaterais abrangentes para o ecossistema, o qual mostra claros sinais de degradação. Desse modo, para proteger o meio ambiente, torna-se urgente analisar as principais causas de sua violação: a ineficiência do Estado e a escassez de informação.
Diante desse cenário, cabe afirmar que a ineficácia do governo é um propulsor central para a perda de vitalidade do meio ambiente brasileiro. A respeito disso, segundo a Constituição federal de 1988, é dever do Estado zelar pela integridade dos bens naturais do País. Entretanto, ao olhar para o tecido ecológico contemporâneo, fica evidente que esse pressuposto não está sendo integralmente cumprido. Isso, porque há um baixo número de fiscalizações e os esforços para preservar áreas nativas são insuficientes e pouco estratégicos. Dessa forma, aprimorar a ação dos órgãos governamentais é um desafio fundamental para uma plena proteção ambiental.
Ademais, vale ressaltar que a escassa difusão de informações é um grande impulsionador da problemática em questão. Nesse raciocínio, é indubitável que a preservação dos bens naturais requer um conjunto de ações individuais e coletivas – como descartes corretos do lixo e mutirões de limpeza. Em paralelo, é correto afirmar que um ser humano só cumpre esse papel ecológico adequadamente quando é instruído para tal, visto que segundo o filósofo Immanuel Kant, o homem é precisamente aquilo que a educação faz dele. No entanto, é observável que boa parte da população brasileira carece dessa instrução, o que acarreta inúmeros casos de poluição ambiental por negligência. Logo, educar a sociedade é crucial para resolver esse dilema.
Portanto, é imperioso que medidas sejam tomadas para corrigir o impasse. O Governo Federal, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, deve promover um aumento no número de fiscalizações das áreas florestais brasileiras, por meio da criação de uma ouvidoria pública que tenha como finalidade registrar denúncias acerca do descumprimento dessa premissa. Além disso, cabe à mídia brasileira divulgar informações sobre os perigos da degradação ambiental e suas principais consequências. Isso posto, espera-se que essa questão seja solucionada para uma melhora no bem-estar da população verde-amarela.