"Eu vejo a vida melhor no futuro". Tal assertiva feita na canção do cantor contemporâneo, Lulu Santos, reflete o sentimento de inúmeras pessoas que sofrem com a falta de organização social. Nesse sentido, perceberam-se aspectos semelhantes no que tange a questão das dificuldades de uma educação alimentar, já que são muitos os casos de doenças relacionadas a esse mal. Desse modo, observar-se a configuração de uma grave problema, em razão da má influência midiática e da insuficiência legislativa. Hodiernamente, pode-se apontar como um empecilho a má intervenção da mídia. Conforme Pierre Bourdieu, o que foi criado para instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Sob esse viés, percebe-se que a mídia, em vez de promover debates que elevem o conhecimento da população, influencia na consolidação do problema, com propagandas consumistas e alienadoras, a exemplo os fast-foods, evidenciando à sociedade problemas de saúde e, como efeito, uma péssima qualidade de vida. Outrossim, nota-se como um impedimento à resolução da questão uma lacuna na lei. Nesse viés, a Constituição Federal de 1988 rege leis que asseguram o acesso à saúde no Brasil. Todavia, com a escassa participação do Estado, compreende-se que a legislação é pouco efetiva na criação de políticas públicas contra a falta de educação alimentar e, consequentemente, contra as doenças pertinentes da contemporaneidade, tais como depressão, ansiedade, obesidade e diabetes. Infere-se, portanto, uma intervenção pontual na problemática. Logo, especialistas no assunto, com o apoio de ONGs, também especializadas, necessitam adotar medidas que revertam a má influênciada mídia. Tais ações devem ocorrer nas redes sociais, tendo como o Instragram, o Facebook e o TikTok, por meio de vídeos comparando o tratamento que a mídia dá com relatos de pessoas que sofrem com a obesidade, por exemplo, a fim de conscientizar a população sobre as consequências do tratamento que alguns canais de comunicação dão ao assunto. Talvez, assim, seja possível construir um país de que Pierre Bourdieu pudesse se orgulhar.