O romance “Utopia”, escrito pelo inglês Thomas Morus no século XVI, apresenta uma civilização perfeita, segura e desprovida de problemas. Tal obra fictícia mostra-se distante da realidade contemporânea no tocante a manipulação no comportamento dos usuários da internet. Esse panorama lamentável não só ocorre pela invasão da privacidade, mas também pela exposição de dados à rede. Dessa forma, torna-se fundamental a análise dessa conjuntura para reverter este quadro.
Primeiramente, é visível no uso da internet a violação da privacidade dos usuários pela captação de informações íntimas, portanto, nessa linha de raciocínio, é notória a insuficiência de segurança nos dados pessoais, que deriva da ineficácia do poder público. Na Constituição federal brasileira, é perceptível a presença de leis que asseguram os direitos fundamentais dos indivíduos. Todavia, é evidente a falha na execução do regulamento, devido à baixa atuação das autoridades no direito à privacidade. Assim, fica clara a inópia da máquina administrativa na resolução do problema.
Além disso, a inserção de informações pessoais na internet mostra-se como outro desafio da problemática. No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, um professor norte-americano, em suas aulas, estimulava seus alunos ao pensamento crítico e autônomo, para que, assim, assimilassem o mundo de outra perspectiva. Entretanto, é evidente a carência desse tipo de educação nas redes públicas do país no que tange a falta de orientação dos educadores aos alunos à cautela na exposição de dados íntimos na internet. Logo, isso retarda o combate às dificuldades da manipulação dos usuários.
Infere-se, portanto, a mitigação dos entraves em prol da diminuição do controle comportamental sob os usuários de internet. Assim, cabe ao Congresso Nacional o aumento do percentual de investimentos, o qual será proporcionado por uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ampliar o conhecimento da população no uso da internet, por meio de cursos gratuitos de informática, com o objetivo de diminuir a invasão da privacidade. Desse modo, a “Utopia” de Morus estará concretizada na sociedade brasileira.