A filósofa Simone de Beauvoir disse: "o mais escandaloso dos escândalos é que nos adaptamos a eles". Em consonância ao pensamento, há um eminente problema no Brasil ligado ao desperdício de água. Porém, a nação verde-amarela ainda apresenta descaso frente ao tema. É notável que sobre a problemática atuam a falha educacional e a irresponsabilidade socioambiental, agravantes que necessitam da atenção do corpo social para serem mitigados.
Em primeiro plano, é válido ressaltar a falta de conscientização das pessoas, as quais utilizam da água como se ela fosse um recurso infinito. Bem como afirmou Nelson Mandela, "a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo", por isso, é preciso oferecer informação à sociedade brasileira, para que a mesma possa reverter essa falha educacional e corrigir seus erros relacionados ao desperdício desse precioso mineral.
Da mesma forma, a irresponsabilidade socioambiental se configura como uma ação negligente que deve ser revista. Segundo Bauman, sociólogo polonês, a contemporaneidade é marcada pelo egoísmo, característica que se reflete no uso desenfreado de bens essenciais à vida, como é o caso da água. Nesse cenário, a insensatez se caracteriza como um fator ameaçador ao meio ambiente, que precisa ser combatido pelo bem do planeta.
Portanto, faz-se urgente que o governo federal - órgão responsável pelo bem-estar do povo - promova campanhas de conscientização em todo o território brasileiro, por meio de palestras públicas feitas por biólogos e outros profissionais da área, a fim de levar discernimento aos cidadãos e acabar com o desperdício d'água. Dessa maneira, evitar-se-á a banalização desse escândalo, como descrito por Beauvoir.