O filme "7 prisioneiros" lançado em 2021 relata a rotina de trabalhadores em um lixão a céu aberto improvisado e ilegal que separa e vende lixo eletrônico enfrentando danos à saúde e por ser o único lugar da região para descarte, também lidam com o excesso de trabalho. Fora da ficção, essa é a realidade de muitos "ferros velhos" na sociedade brasileira. Nessa perspectiva, a obsolescência programada e a falta de fiscalização configuram um grave problema social.
Em primeira análise, o avanço tecnológico é crescente no Brasil e, por consequência, o aumento do lixo eletrônico é preocupante para o país. Antigamente, em 1929, houve uma crise onde empresas precisaram criar algo que fizesse os consumidores comprar cada vez mais, isto posto, foi decidido que os eletrônicos seriam vendidos com defeitos crônicos para que o aparelho se tornasse obsoleto rapidamente, ou seja, quanto mais aparelhos eletrônicos são criados, mais rápido serão descartados. Nesse sentido, o Brasil nos dias atuais é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina, segundo dados divulgados pelo G1.
Além disso, outro fator que agrava a situação é a falta de fiscalização em postos de recolhimento. No longa citado, a fiscalização foi feita apenas uma vez desde a abertura do lixão e chamou atenção dos fiscais as condições precárias que os trabalhadores viviam, tanto pelo contato direto com materiais tóxicos, quanto pela falta de estrutura apropriada do local. De maneira análoga, os metais presentes no lixo eletrônico podem causar doenças letais e segundo informações divulgadas pelo site Globo, a maioria dos metais pesados presentes nesse tipo de lixo tende a causar tumores que são bioacumulativos, causando sérios danos à saúde.
Portanto, é necessário que medidas para reduzir o lixo eletrônico pelos brasileiros sejam tomadas. Para isso, o governo, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, deve fiscalizar postos de recolhimento de lixo eletrônico por meio de visitas mensais de profissionais qualificados para que os funcionários e a sociedade não sofram com os danos à saúde, garantindo segurança e bem-estar das pessoas que estão em contato com os metais tóxicos diariamente. Dessa forma, pode-se evitar que assim como no filme "7 prisioneiros", os trabalhadores sofram com problemas de saúde devido à falta de fiscalização e excesso de lixo eletrônico sem o tratamento adequado.