" História: Direto ao Assunto ", é uma série da Netflix, em que um dos seus episódios explica as barreiras impostas pelo machismo às mulheres no esporte. Tal enredo se mostra ilustrativo no cotidiano brasileiro, visto que, no Brasil, as condições de acesso e participação das mulheres, se comparadas às dos homens, no campo das práticas corporais, são insuficientes no que diz respeito à motivação e incentivo à prática esportiva. A partir disso, faz-se relevante analisar como o machismo estrutural e junto a isso o afastamento feminino na prática do esporte, compõem um quadro desafiador que deve ser desconstruído.
Para compreender esse cenário, deve-se reconhecer o machismo estrutural, como propulsor da objetificação da mulher no esporte. Decerto, o esporte que seria uma prática para todos igualmente, a mulher ainda é vista como objeto e sexualizada até em suas vestimentas. Nesse contexto ganha relevância o jogo que aconteceu antes na abertura oficial das Olimpíadas de Tóquio, onde o time feminino de handebol de praia da Noruega, foi multado por se recusar a usar biquíni durante a competição. Levantando questionamentos: " porque os times femininos usam roupas curtas e cavadas e os masculinos vestimentas folgadas sem que expor seus corpos? ". Dessa forma, ainda hoje, federações esportivas ainda acham que mostrar o corpo das atletas é uma maneira de atrair o olhar do público para esportes femininos.
Ainda nessa linha de raciocino, outro ponto determinante é o fato de que à um afastamento da mulher com o esporte devido a forte carga cultural e histórica . Essa crítica se coaduna coma crença generalizada de que “esporte não é coisa de mulher” uma herança da Grécia antiga, quando as mulheres eram impedidas de participar e assistir aos Jogos Olímpicos em Atenas, sob pena de morte. Assim, sendo levado em consideração até hoje por muitas pessoas.
Em suma, faz-se importante que medidas sejam executadas, visando à atenuação do problema. Para tanto é imprescindível que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, criem projetos que amplifiquem a ascensão da mulher nos meios esportivos. Isso pode ser efetivado por meio de campanhas e debates nas aulas de Filosofia e Sociologia que tratem sobre a inclusão. Com tais ações, será possível aumentar o criticismo nos alunos e de fornecer notoriedade a essa causa, para que desmistifiquem os esteriótipos relacionados a mulher no esporte.