O Brasil contemporâneo enfrenta uma série de problemas sociais. Dentre eles, o aumento constante da população carcerária tem ganhado destaque. Segundo o Infopen, o país possui atualmente cerca de 700 mil presos, sendo que boa parte são reincidentes. Esse dado evidencia que ex-presidiários enfrentam dificuldades para retornarem ao mercado de trabalho. Entre as causas desse problema, estão o atual sistema penitenciário e o preconceito da sociedade.
O modelo prisional brasileiro apresenta falhas que contribuem para a não ressocialização dos presos. A principal delas é a metodologia empregada. A maioria das prisões existentes no país adotam apenas métodos punitivos, sendo os presosobrigados a terem como única ocupação funcional a limpeza do recinto penitenciário. Isso leva o detento a não aprender um ofício que possa desempenhar quando sair da prisão, facilitando assim, o retorno às práticas delitivas.
Aliado às falhas no sistema, o preconceito é outro fator que dificulta a reinserção. Parte da população manifesta receio de estabelecer relação e contato com ex-presidiários, pois entende que pode ser prejudicada ou sofrer alguma discriminação com isso. Esse pensamento acaba sendo internalizado também por empregadores que, consequentemente, deixam de contratá-los devido ao medo de perderem seus clientes.
Assim, é possível concluir que mudanças precisam ser adotadas para que haja a ressocialização de forma efetiva. O Estado precisa implementar políticas públicas dentro dos presídios visando a capacitação técnico-profissional dos detentos. Deve também, criar incentivos aos empregadores para que estes incluam ex-detentos em seus empreendimentos. Por fim, é importante que adote campanhas publicitárias que estimulem a sociedade a aceitá-los em seu meio. Desta forma conseguiremos reduções nos índices de reincidência e criminalidade.