Os desafios no uso da tecnologia na educação
Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig, mudou-se para o Brasil em virtude da perseguição nazista na Europa. Bem recebido e impressionado com potencial da nação, escreveu um livro ufanista cujo título é até hoje repetido: "Brasil, o país do Futuro". Entretanto, quando se observa os desafios para o uso da tecnologia, nota-se que essa profecia é somente uma teoria. Dessa maneira, é evidente que a problemática se desenvolve não só devido à falta de ações governamentais, mas também a um despreparo da infraestrutura das escolas.
Em primeira análise, é preciso ressaltar a negligência estatal como propulsor primordial da precariedade tecnológica educacional. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Contudo, isso não ocorre no Brasil. Nesse sentido, é evidente que o sistema educativo não elaborou projetos suficientes para a boa implementação informática. Visto que, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística relata que 4,3 milhões de estudantes não possuem acesso à internet, mesmo a tecnologia sendo importante na atualidade e indispensável durante a pandemia de Covid-19 para estudos remotos.
Além disso, a falta de preparo das escolas é um fator importante para a perpetuação da problemática. Há várias décadas, educação brasileira tem sofrido críticas por não alcançar níveis de excelência e quando levaram se a pauta sobre tecnologia educacional, não é diferente. De acordo com uma pesquisa do Ministério das Comunicações 55,9% dos professores apontam escassez com programas de recursos informacionais na área de ensino. Assim, a infraestrutura das redes públicas não possuem, atualmente, estruturas para receber a tecnologia. Logo, salientando a necessidade de intervenção pública.
Portanto, são necessários planos para mitigar este quadro alarmante. Para tanto, o Congresso Nacional deve direcionar capital que, por intermédio do Ministério da Educação, será revertido em reformas nas escolas de todo o Brasil para criar meios da inserção da tecnologia na educação e assim melhorar a qualidade de transmissão de conhecimento de crianças e adolescentes. Ademais, é imprescindível que o governo crie um auxílio para estudantes de baixa renda para compra de aparelhos eletrônicos e planos de internet para realização de atividades online. Dessa forma, os desafios da implementação da tecnologia na educação serão reduzidos e a profecia de Zweig, estará a mais um passo de ser solidificada.