A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu Artigo 6°, a segurança como direito comum a todos os cidadãos brasileiros. No entanto, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário, pois é notório o grande número de pessoas desaparecidas no Brasil, dificultando a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeiro plano, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a questão de pessoas sumidas no Brasil, havendo uma precariedade no sistema de segurança. Essa problemática afeta principalmente as áreas periféricas, onde não há presença de fiscalização adequada, favorecendo o sequestro. Essa conjuntura, segundo o filósofo John Locke, configura-se como a violação do "contrato social", já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem dos direitos básicos, como a segurança, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a displicência familiar como causador do alto índice de desaparecimetos no Brasil. Muitos jovens não possuem o suporte da famíla em diversos quesitos, como na orientação sexual, transtornos mentais e vida acadêmica, podendo levar a fuga. A animação infantil "Procurando Nemo" retrata a aflição de um pai em busca do filho desaparecido no Oceano Pacífico. De forma análoga a ficção, esse cenário do desaparecimento de pessoas, mostra-se alastrado na conjuntura conteporânea brasileira. Logo, é inadimissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindivél que o Governo Federal- principal órgão responsável pelo bem-estar populacional- invista na segurança pública por intermédio de projetos que visam a destinação de verbas para instalação de camêras de segurança e radares, a fim de aumentar a chance de encontrar os desaparecidos e evitar possíveis sequestros. Assim, se consolidará uma sociedade mais segura onde o Estado desempenha corretamente o seu "contrato social", tal como afirma John Locke.