O filósofo francês Sartre defende que cabe ao ser humano escolher seu modo de agir, pois este seria livre e responsável. No entanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade no que concerne ao analfabetismo funcional, visto que é um problema negligenciado e invisibilizado pela população. Nesse sentido, nota-se a configuração de um grave problema de contornos específicos que emerge devido à formação familiar e a falta de conhecimento.
Sob esse viés, é preciso atentar para a formação familiar presente na questão. De acordo com o sociólogo Talcott Parsons, a família é uma máquina que produz personalidades humanas. Nessa perspectiva, o analfabetismo funcional apresenta-se como um problema passado de geração em geração, dado que muitas vezes o letramento crítico e interpretativo é tido no cotidiano das famílias, sendo assim a escola não é o único agente de alfabetização. Deste modo, dificulta-se o extermínio do problema por forças externas, já que encontra-se dentro das casas dos brasileiros e estende-se por uma longa linha do tempo.
Além disso, o problema encontra "terra fértil" na falta de conhecimento. Nesse contexto, o filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: se as pessoas não tem acesso à informação séria sobre o analfabetismo funcional, sua visão será limitada, e à impossibilitará de indentificar e romper com determinado problema, ou até mesmo "transmitir" essa lacuna na educação para crianças que esse indivíduo será responsável, o que complexifica a erradicação do problema.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para mudar esse cenário. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação, juntamente ao Ministério da Comunicação, devem desenvolver palestras para alunos de ensino regular e superior, por meio de aulas com especialistas em educação e psicólogos que explicite o que é o analfabetismo funcional como indentificar e romper com esse problema. Tais palestras devem ser transmitidas nas redes sociais dos ministérios, com o objetivo de trazer mais lucidez sobre a problemática e alcançar mais pessoas.