A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - documento universal criado no século XVIII - tem como princípio a defesa da igualdade entre os indivíduos. No entanto, tal diretriz não está efetivada na realidade hodierna, visto que o Brasil é um país desigual e segregacionista. Nesse contexto, convém mencionar a questão da persistência do preconceito racial, problemática decorrente de um ideal enraizado de exclusão social que gera, por conseguinte, uma queda na qualidade de vida dos povos à margem.
De início, deve-se destacar que o Brasil enraizou uma cultura segregacionista em seu corpo social. Nessa perspectiva, é imperioso mencionar o processo de colonização brasileira, o qual normalizou julgar como inferior a comunidade negra e indígena, por exemplo, tal que essas populações possuíam direitos escassos e se viviam situações desumanas, como a escravidão. A partir disso, mesmo na atualidade, ainda há indivíduos que reproduzem o retrógrado comportamento de maltratar outros seres devido a sua etnia. Diante disso, tem-se a persistência do preconceito racial na sociedade brasileira.
Diante de tal cenário, como consequência ao preconceito contra raças, há declínio na qualidade de vida dos indivíduos que sofrem com a questão em pauta. Nesse sentido, é válido referenciar a máxima "Eu tenho um sonho", proposta pelo ativista Martin Luther King, para se referir ao desejo de ver uma sociedade livre de condenações aos povos vistos como inferiores. Nessa lógica, diante do ideal de inferioridade, é necessário apontar que indivíduos socialmente à margem sofrem com discriminação, possuem menor acesso à educação e recebem menores salários, em face da cor da pele ou etnia. Logo, há muitos obstáculos a serem enfrentados por tais povos.
Portanto, diante dos argumentos apresentados, é dever do Ministério da Educação agir para atenuar o preconceito racial enraizado no Brasil. Essa ação deve acontecer por meio de palestras periódicas nas instituições de ensino, com vista a educar a sociedade sobre a importância de todas as raças e, com efeito, haja o rompimento com a discriminação. Assim, espera-se ver um corpo social como o sonhado por Luther King.