Implicações da automedicação na cultura do brasileiro
"Tomou doril, a dor sumiu". As propagandas sobre remédios que podem facilmente erradicar problemas de saúde são extremamente comuns no cotidiano das pessoas, no entanto, a automedicação pode, ao invés de tratar um problema, piorá-lo, uma vez que, sem o acompanhamento de um médico, os medicamentos podem ser manipulados de maneira errônea. Assim, corroboram para a manutenção da problemática, o cotidiano acelerado e a falta de informação.
Em primeira análise, infere-se que a maneira negligente do dia a dia brasileiro torna o problema de difícil resolução. Nesse sentido, é pertinente citar o filósofo Arthur Schopenhauer, o qual afirma que "o maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem". Em concordância, o que está presente na cultura brasileira é o sacrifício da saúde pessoal em troca de vantagens, pois, ao se automedicar, o indivíduo resolve temporariamente seu mal-estar, em prol de continuar produzindo normalmente, ocasionando problemas maiores no futuro.
Em segunda análise, é perceptível que a ignorância da população se torna um agravante para o problema. Dessa maneira, pode-se citar a pesquisa feita pela TIC Domicílios, que constata que 152 milhões de brasileiros tem acesso à internet no Brasil. Com isso, o que podemos afirmar é que, embora a internet atue como grande veículo propagador de informação, ela não atua de maneira a amenizar o problema de auto tratamento, vale ainda ressaltar, que a internet não atinge 100% da população, impedindo que a informação seja propagada de maneira homogênea e agravando o impasse.
Portanto, medidas são necessárias para mitigar o incoveniente. A priori, o Ministério da Saúde, como órgão responsável pelo bem-estar nacional, deve conscientizar a população sobre a importância de cuidar da própria saúde, por meio de campanhas que incentivem a ida regular ao médico, a fim de que a automedicação seja erradicada. Outrossim, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve educar os cidadãos sobre os perigos de tomar remédios sem prescrição médica, a fim de que, bem informado, o corpo social se medique apenas com acompanhamento profissional. Desse modo, caminharemos para uma sociedade saudável e bem informada.