No episódio "Febre do vape", da série documental "Desserviço ao Consumidor", é retratado o sucesso econômico das empresas fabricantes de cigarros eletrônicos, produtos criados com o intuito de proporcionar uma vida mais saudável aos fumantes. Contudo, apesar de tal avanço, muitos indivíduos ainda utilizam os cigarros tradicionais no Brasil. À vista disso, faz-se inadiável um debate sobre esse quadro, visto que suas principais causas derivam dos setores educacional e midiático.
Diante do cenário exposto, deve-se destacar que a mídia atua como um agravante do óbice em evidência. Isso porque a imprensa não está realizando uma cobertura efetiva sobre outros meios menos nocivos de consumo de nicotina - como o cigarro eletrônico- o que contribui para que o cigarro tradicional, que é mais prejudicial à saúde, continue a ser o produto mais utilizado e, por conseguinte, para que os usuários adquiram doenças como o câncer e o enfisema pulmonar mais facilmente. Logo, pode-se traçar um paralelo entre tal conjuntura e a República Oligárquica brasileira, na qual a atuação dos agentes midiáticos era deficiente no que tange à divulgação de informações importantes - como medidas profiláticas - para o combate às epidemias que assolavam a cidade do Rio de Janeiro. Dessarte, faz-se mister a reformulação dessa postura midiática.
Ademais, é válido pontuar que o setor educacional se prova como um catalisador para a Problemática em pauta. Tal situação deriva da falta de abordagem, pelos centros educacionais, do tabagismo, o que colabora para os estudantes não tenham a noção real dos malefícios causados pelo consumo constante de nicotina e, consequentemente, para que acabem por consumir a droga no futuro. Sob essa ótica, o filósofo Sêneca afirma que a educação influi no comportamento de um corpo social: comunidades que possuem falhas escolares, por exemplo, tendem a apresentar problemas em diversos outros âmbitos. Desse modo, tal postura escolar necessita ser reformulada.
Portanto, a Mídia (meios de comunicação de massa) deve, por meio de propagandas educativas, divulgar outros meios de consumo da nicotina, a fim de mostrar, para os indivíduos que já sofrem de tabagismo, meios menos nocivos de consumo da nicotina. Paralelo a isso, o Ministério da Educação (órgão responsável pelo desenvolvimento da educação do ensino nacional) deve, por meio de capital estatal, promover, em escolas e em universidades, palestras que busquem esclarecer os malefícios do tabagismo para a saúde, a fim de reduzir o consumo da droga no país e o número de doenças respiratórias.