No filme “O Menino Que Descobriu o Vento”, da Netflix, o garoto William desenvolve um meio de gerar energia eólica para bombear água de um poço – para irrigação – utilizando de materiais, em sua maioria, descartados encontrados em sua humilde comunidade no Malawi. Desse modo, o adolescente consegue, através da inovação, contribuir para o progresso social e econômico de seu vilarejo de forma sustentável. No Brasil, a maior parte de matriz energética é renovável, mas não é ecologicamente suportável, tornando necessária a busca por outras formas de obter energia elétrica que causem menos impactos ambientais.
A sustentabilidade de uma fonte de energia está intimamente ligada ao equilíbrio entre produção e consumo, ou seja, o ideal seria que consumíssemos na mesma proporção que a natureza permite a produção desta. Nesse sentido, percebe-se que a energia hidráulica, que corresponde a mais da metade da eletricidade gerada no Brasil, é passível de renovação – uma vez que chove no país –, porém, não é sustentável, porque não há precipitação suficiente para suportar a demanda. Assim, é fundamental, para evitar crises energética e apagões, a independência desse tipo de fonte energética.
Nessa perspectiva, portanto, a energia solar seria uma boa alternativa. Essa favorabilidade se dá pela localização da maior parte do Brasil na zona térmica tropical no globo terrestre, isto é, há iluminação solar o ano todo e em boa parte do dia. Além disso, as placas que convertem a radiação luminosa em energia elétrica podem ser instaladas no telhado da unidade consumidora, eliminando a necessidade de espaço exclusivo para elas, como ocorre com a energia hidrelétrica ou a eólica. Dessa forma, a luz solar como fonte de energia é uma solução viável para colaborar com o desenvolvimento sustentável do nosso país.
Enfim, diante do exposto, nota-se a necessidade da modificação da matriz elétrica brasileira, aumentado a energia solar e diminuindo a hidráulica. Para tal, o governo federal, através do Ministério de Minas e Energia, deve, por meio de políticas públicas, criar incentivos financeiros para a instalação de energia solar nas casas dos cidadãos brasileiros, de forma a diminuir cada vez mais o consumo de energias não sustentáveis. Desse jeito, a matriz energética do país poderá ser renovável e ecologicamente correta. Sendo assim, da mesma forma que William contribuiu para o desenvolvimento de sua vila, poder-se-á corroborar para o progresso do Brasil.