A Constituição Federal de 1988 prevê, em um de seus artigos, que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Entretanto, tal prerrogativa legal não se reverbera na prática, visto que o consumismo excessivo gera a exploração desnecessária do meio ambiente, além de produzir uma quantidade enorme de lixo, que é descartado incorretamente pela população. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver tal inercial problemática.
Primeiramente, vale ressaltar que a necessidade de consumo exagerado pela sociedade causa a exploração indevida e excessiva de recursos ambientais. Segundo o poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho.” Através desse trecho do poeta, torna-se evidente, que o consumismo exagerado gera grandes e negativas consequências ao bioma brasileiro. Isso ocorre devido a retirada de matéria-prima e de recursos naturais para a fabricação de aparelhos e de itens ser feita de uma forma insustentável e prejudicial à flora brasileira.
Outrossim, vale ressaltar que há o descarte incorreto de lixo ao meio ambiente e ao espaço urbano. De acordo com o site Folha de São Paulo, aproximadamente 57% das cidades brasileiras despejam o lixo em depósitos irregulares. Diante disso, torna-se evidente que é necessário que haja a criação de projetos que visam a conscientização da importância da sustentabilidade e do descarte correto de lixo.
Portanto, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço dessa inercial problemática. Assim, o governo, órgão responsável por coibir crimes, junto ao Ministério do Meio Ambiente, órgão responsável por promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, deve fazer projetos que visam a sustentabilidade e que visam preservação do meio ambiente, assim, diminuindo as consequências geradas pela exploração insustentável de recursos naturais. Além disso, o governo, junto aos meios de comunicação, que possuem a função de informar, de educar e de entreter, deve fazer campanhas de conscientização através da mídia, com a finalidade de instruir e mostrar à população formas sustentáveis e corretas de descartar o lixo. Dessa forma, o artigo da Carta Magna se tornará coerente e o Brasil deixará de apresentar consequências da prática do consumismo excessivo.