De acordo com o escritor Guimarães Rosa, a água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba. Diante disso, é válido analisar que a sociedade não está tendo consciência para utilizar a água. Tal fato advém de fatores, como desperdício exacerbado, associado com a poluição dos recursos hídricos, seja pelo despejo de dejetos urbanos na água, ou de agrotóxicos pela agricultura. Consequentemente, gera-se uma desigualdade na utilização da água, em que muitos cidadãos brasileiros vivem com uma quantidade escassa desse recurso. Segundo a ONG, Greenpeace, a sociedade atual vem degradando a natureza de maneira constante, de modo que, recursos naturais, como a água, são tratados como algo irrelevante. Desse modo, constata-se que tal pensamento está nitidamente associado em como a maioria da população brasileira trata os recurso hídricos, pois o despejo de dejetos na água se tornou algo comum e uma parte da porção da hidrosfera do país vem se tornando esgotos a céu aberto. Além disso, é válido analisar que a agricultura também causa a poluição da água, visto que, quando chove grande parte dos agrotóxicos são levados pela correnteza de água até os mananciais. Como efeito disso, observa-se que ocorre uma má distribuição de água, em que em algumas regiões esse recurso é usado em demasia e desperdiçado e em outras localidades não tem água potável nem para a utilização básica. De acordo com o Jornal Datafolha, o norte e o nordeste são as regiões que mais sofrem com a perda de água, representando 45,98% do total distribuído no nordeste e 55,53% no norte, causando prejuízos a diversos cidadãos desse território que não possuem água potável em casa. Tal conjuntura é bastante preocupante, pois a água se constitui como um bem inalienável a vida, consoante ao estatuto jurídico, e viver sem esse bem é uma violação dos direitos humanos. Logo, fica evidente que essa problemática gera diversos danos para a coletividade. Assim sendo, torna-se notória a necessidade de solucionar esse impasse para o bem de toda a sociedade. Dessa forma, faz-se necessário que Escolas, cuja principal função é de socializar o indivíduo, por meio de palestras e debates, ensine a criança e jovens sobre importância de economizar água, com fito de que os cidadãos do futuro sejam mais conscientes. Ademais, faz-se necessário que a Mídia, através de campanhas publicitárias, mostre maneiras de economizar e preservar a água, com o intuito de que haja uma consciência coletiva de utilização desse recurso. Afinal, consoante ao pintor Van Gogh, grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações.