A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º o direito à saúde como fundamental a todo cidadão brasileiro. No entanto, tal mérito não vem sendo disponibilizado à população no que diz respeito à vacinação de crianças e adolescentes no Brasil, dificultando a propagação desse direito social tão importante. Diante desse panorama, torna-se evidente o receio dos pais e responsáveis e a desinformação geradora da propagação de notícias falsas sobre o assunto.
Em primeira análise, deve-se ressaltar o medo dos parentes próximos de crianças e adolescentes em relação à vacinação, seja por seus efeitos colaterais ou pela possível ineficácia. Tendo em vista que milhões de infantes são vetados de realizarem atividades simples e encontrar amigos em recorrência da pandemia, a forma mais segura de garantir a sua proteção e dos demais indivíduos se baseia na vacinação como precursor da transformação do atual exposto. De acordo com o ativista indiano Mahatma Gandhi, ‘’Temos de nos tornar a mudança que queremos ver’’. Baseando-se nesse pensamento, se entende que a alteração dos fatos ocorre por meio da ação vinda da adaptação do raciocínio dos pais e responsáveis no Brasil.
Ademais, destaca-se como fator impulsionador da falta de vacinação o desconhecimento a respeito desse tema, mais propriamente se acompanhado de falsas informações. Segundo o provérbio situado na Bíblia Sagrada, "a mente do prudente adquire conhecimento, e o ouvido do sábio busca a sabedoria”, observa-se que o falso conhecimento caminha na direção oposta à sensatez e, desse modo, alimenta o receio e a insegurança em relação aos efeitos da vacinação para o jovem brasileiro. Posto isso, pode-se culpar como agravante da desinformação vacinal as “fake news”, dadas como notícias enganosas que, uma vez formadas, são rapidamente disseminadas e provocam danos à integridade dos cidadãos, já que os levam a tomar decisões errôneas baseadas em dados inválidos.
Destarte, é perceptível a importância da vacinação infanto-juvenil para a saúde pública do Brasil. À vista disso, urge que o Ministério da Saúde, aliado ao Estatuto da Criança e do Adolescente, realize o projeto “Picadinha do Bem”, no qual as famílias brasileiras seriam instruídas a incentivar a vacinação pueril em seus lares, conduzindo as crianças e os adolescentes aos postos de saúde para que recebam sua devida imunização. O programa ocorreria por intermédio de workshops e palestras educativas, nas quais os pais adquiririam informações confiáveis por parte de profissionais da saúde que, além de esclarecerem muitas dúvidas, apontariam os riscos da rejeição a esse bem público para a população. Assim, levando a informação à base da educação, construir-se-á uma geração saudável e preparada, tal como retrata a Bíblia Sagrada.