Promulgada pela ONU, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.Entretanto,a existência das queimadas e a falta de preservação com o meio ambiente impossibilita que uma parcela da população desfrute desse direito, na prática.Dessa forma, em razão da ausência de medidas governamentais e a escassa abordagem sobre as queimadas e o meio ambiente nas escolas, emerge um problema complexo, que precisa ser revertido.
Deve-se pontuar, a princípio, a ausência de medidas governamentais para combater o problema. Nesse sentido, é notório que com o apoio do Estado nas atividades mineradoras e indutriais extrativistas,as queimadas vem crescendo de forma irredutível.Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como o do meio ambiente estável, o que infelizmente é evidente no país.
Além disso, a escassa abordagem da temática do desmatamento e o aumento das queimadas nas escolas contribui para a permanência desse entrave na esfera social. Esse panorama lamentável acontece porque a maioria dessas instituições – essenciais para a formação de indivíduos engajados culturalmente- interessa-se, geralmente, apenas pela transmissão de conteúdos técnicos, negligenciando estimular as crianças a preservarem mais o meio ambiente,e estimularem a ter uma rotina de cuidados com a natureza. Nessa perspectiva, a escola erra quando não intervém, efetivamente, para fomentar, desde cedo, a formação de um indivíduo que valorize e tenha o hábito de cuidar bem do lixo,reduzir o consumo de água e preservar a vegetação nativa do ecossistema. Desse modo, poderia ser mais frequente, por exemplo, um menor número de incêndios presentes no ano, visto que essas instituições possuem um notório potencial para a formação crítica do cidadão.
Portanto, medidas são necessárias para conter o avanço dessa problemática na sociedade brasileira. Dessarte, o governo, como instância máxima da administração executiva,deve parar de dar apoio as industrias que aumentam o número de desmatamento e investir mais em leis de fiscalização. Ademais, o Ministério da Educação precisa fazer uma roda de debates aberta ao público,por meio de aulas extracurriculares que serão realizadas nas redes escolares, à vista disso, o intuito da iniciativa é garantir informações,desde cedo, de como a preservação do meio ambiente é importante . Somente assim,pode-se ia conquistar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, como previsto pela ONU.