Na série da Netflix sex education, a escola passa por um surto de sífilis (infecção sexualmente transmissível), deixando assim os alunos fora dos eixos. Fora do mundo fictício, percebe que a história da série, faz parte da realidade brasileira, visto que estratégias precisam ser lançadas para diminuição dos casos de ISTS. A partir desse contexto é fundamental ir a fundo na causa do problema bem como nas ações do indivíduo.
Com efeito, a falta de informação vem sendo o principal fator para as elevadas taxas de ISTS. Isso porque, com o avanço da desigualdade social o meio de se obter conhecimento fica restrito, segundo o sociólogo Antônio Carlos Egypto, escritor do livro orientação social nas escolas a escola é sim um ambiente para se discutir sobre sexualidade, visto que jovens são os mais contaminados por infecções. Desse modo, o Brasil sendo um dos dez países mais desiguais do mundo, e afeta, não só na saúde pública como em outros setores considerados básicos, aumentando assim os casos de infecção sexualmente transmissível.
Além disso, as ações dos indivíduos ao não usar camisinha e não avisar ao seu parceiro que tem infecção pode acarretar na contaminação descontrolada, baixa procura por tratamento, além de ISTS pode e gravidez na adolescência. Isso acontece porque, a confiança no ato sexual faz com que a preocupação de se proteger diminua, segundo a OMS, 1 milhão de pessoas em 2019 no Brasil adquiriram algum tipo de infecção sexualmente transmissível. Visto isso, ações devem ser tomadas para orientar a população nacional sobre a importância de usar proteção na hora do ato sexual.
Portanto, é inegável que o aumento de ISTS vem da falta de orientação sexual em casa e nas escolas. Assim é fundamental que o poder executivo, mais especificamente o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, crie ações para combater a falta de informações em escolas e no lar. Tal iniciativa ocorrerá por meio da implementação de um Projeto Nacional de Orientação Sexual Nas Escolas, o qual irá fornecer mais acessibilidade de informação aos jovens sobre essas infecções. Isso será feito com o intuito de amenizar a contaminação descontrolada, além de orientar sobre gravidez na adolescência e a importância de usar a camisinha como principal método contraceptivo e contra ISTS. Afinal de todo esse processo, pode-se evidenciar, no futuro, o controle de sífilis e quem sabe um dia erradicar a transmissão de ISTS.