O documentário "Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade" revela que a agropecuária é responsável por um consumo excessivo de água. Também o Brasil, país sobretudo agroexportador, é afetado por essa realidade, desse modo, sendo acometido por crises hídricas. Em suma, a gestão de recursos hídricos brasileiros é falha devido à não supervisão do alto desperdício de água por parte da agropecuária e das grandes indústrias, bem como, prejudicada pelo processo de desmatamento dos biomas originários.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a crise hídrica. Uma vez que, as campanhas de conscientização sobre o uso consciente d'água são, principalmente, voltadas para o consumo residencial. Entretanto, é atribuído a este somente 10% do consumo hídrico do país; enquanto a pecuária, a agricultura e a indústria, segundo a Agência Nacional de Águas, são responsáveis por 90%. Portanto, deixando evidente a inadvertência do Estado para com o gasto excessivo de recursos hídricos.
Ademais, é fundamental apontar o desflorestamento como impulsionador do problema. De acordo com o "ciclo hidrológico", conceito explicado pela ecologia, as florestas e a água estão ligadas intrisecamente, de modo que o processo de desmatamente que ocorre em solo brasileiro pode ser culpabilizado pela falta de chuvas. Logo, a degradação dos biomas brasileiros tende a causar um desequilíbrio no ciclo de chuvas, assim, ocasionando períodos de seca, agravando a crise hídrica do país.
Portanto, é notório que há irregularidades na gestão hídrica brasileira. Desse modo, cabe aos Três Poderes, com apoio da Agência Nacional de Águas, a criação de leis ambientais que visem controlar o desperdício e diminuir o consumo de água. Tal ação deverá ser implementada através a aplicação de multas. Dessarte, implementada a política ambientalista, a realidade exposta em "Cowspiracy" será alvo de mudanças.