A série de livros norte-americanos "After" apresenta história de Hardin Scott e Tessa Young, que vivem um relacionamento conturbado desde o início, cheio de acusações e muito ciúmes. Assim como nas obras, relações abusivas são um grande obstáculo na vida de muitos indivíduos na sociedade moderna. No entanto, diversas vítimas sequer sabem que estão diante de uma relação não-saudável, o que promove a sua persistência no corpo social. Dessa forma, é importante entender as causas da ocorrência de relacionamentos tóxicos e os efeitos deste na população.
A partir dessa perspectiva, é indubitável que comportamentos abusivos são reflexos de experiências durante o processo de formação de uma pessoa. Nesse sentido, a abusividade pode estar presente em muitas esferas sociais e de diferentes formas, como o ambiente de trabalho, relacionamentos amorosos e familiares, a falta de um padrão em como a toxicidade se manifesta dificulta a sua percepção. Por conseguinte, a ausência de conhecimento gera uma normalização que contribui para continuidade de ações abusivas, de modo que essas práticas se tornem comuns, o que causa impacto na saúde mental de todos os envolvidos que sofrem com tais comportamentos.
Outrossim, os danos psicológicos também são aspectos da abusividade em relações, eles são um dos fatores que corroboram à perpetuidade desses relacionamentos. Ademais, as consequências de um relacionamento abusivo podem ser fatais, sendo, em sua maioria, para o sexo feminino, de acordo com o site G1.com.br o que leva à discussão do machismo como um dos agentes dessa violência, muitas vezes, silenciosa. Por conseguinte, as condições psicológicas quando afetadas, impedem que as vítimas busquem ajuda, o que as torna reféns por longos períodos, de maneira que aumente a probabilidade da ocorrência de fatalidade, fazendo-se essencial o desenvolvimento de medidas que promovam a redução desses conflitos na sociedade moderna.
Portanto, em vista dos fatos supracitados, é necessário que providências sejam tomadas pelos órgãos responsáveis para amenizar a continuidade de ações autoritárias dentro de relacionamentos. Logo, é imprescindível que o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, inclua na base nacional curricular, aulas que abordem temas relacionados à saúde mental e responsabilidade afetiva, através de psicólogos e professores capacitados, a fim de aumentar a conscientização, e, assim, diminuir a persistência do relacionamento abusivo no grupo social atual.