Santo Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas devem ser tratadas com a mesma importância . Porém , a questão da intolerância religiosa contraria o ponto de vista do filósofo, uma vez que, no Brasil, esse grupo é vítima de constante discriminação . Nesse contexto, torna-se evidente como a lenta mudança na mentalidade social, bem como o descumprimento legislativo consolidam a problemática.
Em primeiro plano, é preciso atentar para a mentalidade social presente no quadro. Conforme Durkheim o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que a falta de caminhos para combater a intolerância religiosa é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social intolerante, a tendência é adotar esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa.
Além disso, é inegável como descomprimento legislativo solidifica a diversidade. Sendo assim, a Constituição Federal de 1988, lei básica brasileira, busca garantir a integridade dos seres vivos. No entanto, essa legislação não tem sido suficiente no que se refere à intolerância religiosa, visto que o problema continua se propagando fortemente no contexto atual. Assim, fica evidente, que se a legislação não ver vinculada à políticas públicas que ajam na base cultural do problema, sua resolução será dificultada.
Portanto, é necessário que as prefeituras, em parceria com o governo do estado, proporcionem a criação de oficinas educativas a serem desenvolvidas nas semanas culturais dos colégios estaduais. Esses eventos, podem ser organizados por meio de atividades práticas, como dramatizações, dinâmicas e jogos, de modo a proporcionar a visualização do assunto, além de palestras de sociólogos que orientem acerca da intolerância religiosa para os jovens e suas famílias, com embasamento científico, a fim de efetivar a elucidação da população sobre o tema.