A desvalorização do esporte feminino no Brasil
No livro “Persépolis”, uma jovem iraniana narra as dificuldades e preconceitos enfrentados por mulheres, as quais não aceitam seguir os padrões impostos pela sociedade. Análogo a obra literária, observa-se que o livre arbítrio não existe quando se trata das escolhas feitas pelo gênero feminino, sendo assim, é notório que o esporte feminino não tem visibilidade. Logo, a problemática da desvalorização da mulher na sociedade, bem como o descumprimento da lei de incentivo ao esporte, devem ser analisadas para erradicar esse obstáculo na cultura brasileira.
De fato, um dos obstáculos para a valorização do esporte feminino é o preconceito relacionado ao seu gênero, o qual é considerado “gênero frágil”. Além disso, é importante ressaltar que o preconceito com a mulher está enraizado na cultura do Brasil desde o período colonial, parafraseando Einstein “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Sob esse raciocínio, observa-se que ao praticar atos semelhante aos homens, as jovens são desvalorizadas e consideradas inferiores pela sociedade, logo, o preconceito contra a mulher ressalta uma luta diária para que essas sintam-se respeitadas por suas escolhas diante a comunidade.
Ademais, não só a desvalorização das mulheres na sociedade, mas também o descumprimento das leis de incentivo ao esporte no Brasil incide na regressão sociocultural da população. Outrossim, a Constituição federal promulga, baseada nos direitos humanos, uma lei que incentive o esporte no Brasil, seja para crianças, adolescentes, adultos ou idosos. No entanto, essa lei não é eficientemente executada, visto que mulheres não são contratadas por clubes de treinamento, em virtude de não patrocinarem visibilidade aos jogos. Desse modo, é evidente que a lei é ineficiente para mulheres, proporcionando maior preconceito na cultura brasileira.
Portanto, cabe ao Governo Federal, junto ao Ministério da Cidadania, promover a inclusão das mulheres nos clubes de treinamento e auxiliar na visibilidade dessas. Por meio da diminuição dos impostos pagos ao governo, as empresas patrocinadoras de clubes esportivos devem redistribuir o dinheiro para o clube, com o intuito de incentivar o contrato de jovens mulheres, além de promover treinamentos de qualidade. Em síntese, será estabelecido igualdade entre os gêneros feminino e masculino nos esporte, o que incentivará mudanças na cultura brasileira, tornando-a inclusiva e erradicando o preconceito.