Na Grécia Antiga, por volta de 600 a.C, o legislador Sólon revolucionou todo o panorama político ocidental com a aplicação da Democracia Direta. Dito isso, os gregos(homens nascidos no arquipélago) juntavam-se nas Ágoras para discutir as circunstâncias da Pólis na qual habitavam. Todavia, na contemporaneidade, com o crescimento exponencial da população e das dinamizações comunicativas, o processo político passou a ser indireto, isto é, as pessoas votam em um representante para a representação política;essa, porém, está difícil de encontrar por dois fatoes: a falta de interesse da população no trâmite eleitoral e a ausência de representatividade no meio.
Em primeiro plano, é válido ressaltar a perda de interesse da população em votar e participar do processo eleitoral. Visto isso, segundo o TSE(Tribunal Superior Eleitoral), a cada eleição, os votos brancos e nulos aumentram em cerca de 60%(em relação ao ano de 2014). Dessa forma, verifica-se que as pessoas estão de abdicando de fazer parte da democracia e de exercer o diretio garantido pela Constituição de 1988(na última eleição presidencial, por exemplo, 42 milhões de brasileiros votaram nulo ou branco).
Sob outra óptica, a falta de interesse em escolher um representante pode estar ligada à falta de representatividade no congresso, o que desmotiva certos grupos e os fazem sentir excluídos politicamente. Dito isso, cerca de 54,4% da população se identifica como negra ou parda na população(dados IBGE, censo de 2010), contudo apenas 20% dos deputados são dessas etnias(dados TSE). Ademais, no caso das mulheres, elas compõem 52% da população, porém apenas 14% do congresso. Logo, há um disparidade representativa e política grave, a qual desmotiva o eleitor, que se sente excluído, de participar.
Em suma, duas problemáticas devem ser solucionadas: a falta de interesse de uma parte da população e a baixa representatividade social e política nos 3 poderes. Dito isso, é necessária uma ação do Ministério da Justiça em criar campanhas, podendo ser online, para esclarecer para a população o valor do voto de cada um, de modo que cada indivíduo queira participar dos processos eleitorais. Ademais, são necessárias ações afirmativas as quais os TSE pode introduzir nas eleições e, consequentemente, aumentando, a longo prazo, a representação políticas de grupos minoritários nas esferas políticas. Dessa, fazendo com que a Democracia tenha uma papel amplo na sociedade, superando até os dias na antiguidade grega.