Chegar à terceira idade no Brasil se torna cada vez mais um desafio, pois suas demandas não são supridas de acordo com aquilo que lhes é dado. Um exemplo prático é o valor da aposentadoria e os custos com remédios, cuidados médicos e alimentação, em que muitas vezes, a conta não bate. Nessa perspectiva, a Constituição Cidadã deveria garantir a todos o provimento alimentar, bem como acesso a saúde e necessidades básicas. Dessa forma, faz-se necessário discutir acerca dos impasses que abragem essa temática.
Em primeira análise, é notório que os idosos não tem, em diversos ambientes, a acessibilidade que lhes é essencial. Nessa aspecto, ao olhar para o mundo tecnológico, vemos a praticidade e segurança mais estáveis, porém, tal regalia não se alinha com a realidade dos mais velhos, já que sua geração não acompanhou esse processo. Diante do exposto, vários bancos, fármacias e supermercados mudaram sua dinâmica em prol dessa estabilidade, o que provoca inacessibilidade ao grupo de faixa etária maior. Isso porque, ao mesmo tempo que algo prático se alcança, não os ensina como manusear ou aprender. Além disso, é preciso ter paciência para ensinar algo à alguém que em muitos casos, apresenta alguma deficiência física ou psicológica.
Outrossim, é imprescindível fornecer àqueles mais jovens, o conhecimento de como se deve tratar e ajudar um idoso, seja um familiar ou desconhecido. Dessa maneira, Immanuel Kant diz que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, ou seja, somos o reflexo daquilo que aprendemos com outros (pessoas, redes socais, outrem) e pomos em prática. Por isso, escolas e instituições entram como melhor coadjuvante para auxiliar adolescentes e adultos no fornecimento de ajuda às pessoas longevos.
Portanto, medidas devem ser tomadas para que mudanças sejam feitas. Assim, o Poder Público, em conjunto com o Estatuto do Idoso, por meio do Poder Legislativo, deve formular leis e propostas que se encarreguem de dar assistência nos lugares de demandas básicas - hospitais, mercados, fármacias -, a fim de tornar esses âmbitos mais acessíveis para os que têm idade avançada, providenciando dignidade à comunidade idosa. E, ainda, mediante o Ministério da Educação, proporcionar palestras em escolas e universidades com temas sobre a terceira idade, para que os estudantes possam saber como agir em certas condições quanto à essa camada social. Destarte, fazer jus à Constituição Cidadã.