Tema: Os impactos da cultura do cancelamento
A 4º Revolução Industrial, conhecida como revolução técnico-científica, permitiu que indivíduos do mundo todo troquem ideias e argumentem, igualitariamente, em uma mesma rede de comunicação. Entretanto, o uso incorreto de tais redes na atualidade leva a enormes impactos sociais, como a cultura do cancelamento, que desviou seu ideal anti-preconceito para uma dura repressão pública. Logo, a fim de mitigar tais males, é importante analisar o caráter agressivo dessa cultura e o seu uso como ferramenta de controle social.
Em primeiro lugar, o caráter agressivo dessa cultura causa enormes impactos na atualidade. Sob esse prisma, é evidente que o conceito de "Violência Simbólica", do sociólogo francês Pierre Bourdie, está presente nessa temática, uma vez que ele afirma que a violência pode ocorrer de maneira não física, ou seja, como os símbolos, a linguagem, a internet e a humilhação pública. Portanto, a cultura do cancelamento, na atualidade, utiliza o poder da internet e da influência para controlar o pensamento dos usuários, por meio da violência e da repressão, o que leva a impossibilidade do atacado desculpar-se e, consequentemente, ao desenvolvimento de depressão pelos constantes ataques e ódio público recebido.
Em conseguinte, o que era para ser uma medida de combate aos ideais preconceituosos, acabou tornando-se uma ferramenta de controle social. Sob essa ótica, cabe ressaltar o livro "1984", de George Orwell, no qual o governo controla todas as pessoas com o uso da tecnologia e com a alteração da história para a manutenção de um pensamento público favorável. Fora da ficção, a cultura do cancelamento leva ao controle do pensamento social, uma vez que reprime, dura e publicamente, os indivíduos que manifestam ideias contrárias, o que leva à submissão das massas.
A partir dos fatos mencionados, é mister que o Estado tome providências para solucionar tal problemática. Para tal, é dever do Ministério da Cidadania impedir a continuidade da cultura do cancelamento e dos ideais preconceituosos, por meio de propagandas nas mídias sociais que promovam o fim de tais práticas extremistas, para que a internet não seja um lugar de ódio e controle social. Somente assim, o Brasil desfrutará corretamente a 4º Revolução Industrial.