JOVENS E USO DE DROGAS NO BRASIL: CAMINHOS PARA SOLUCIONAR ESTE CENÁRIO
Segundo o educador Paulo Freire, a educação é peça fundamental para promover transformações sociais. Essa ideia vai ao encontro de inúmeros assuntos, dentre eles, o uso de drogas pelos jovens no Brasil, pois se trata de um problema ainda pertinente no país. Dessa forma, é relevante discutir a respeito do fator cultural brasileiro, assim como a ineficácia das políticas públicas na abordagem da problemática.
Em face dessa compreensão inicial, a cultura do Brasil influencia o uso de drogas pela população mais jovem, tendo em vista os comportamentos da sociedade em eventos festivos, como o Carnaval. Por conseguinte, a oferta de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas em festas — sem levar em conta a faixa etária das pessoas — facilita a propagação de uma conduta danosa que induz o indivíduo ao vício e à banalidade dos riscos que essa prática traz à sua vida, indo de acordo com o pensamento do sociólogo Durkheim, ao qual afirma que a formação do indivíduo está relacionada a influxos do meio vivido. Logo, ignorar esse aspecto cultural no país é ignorar uma perspectiva a ser questionada.
Outrossim, as medidas estatais criadas para o combate desse comportamento na população juvenil apresentam-se ineficazes, já que é notável a persistência desse cenário. Acerca disso, para o filósofo alemão Theodor Adorno, as estratégias midiáticas manipulam o comportamento das pessoas, porém, no Brasil, a falta de iniciativas eficientes — inclusive com apoio midiático — que promovam o combate ao uso de drogas é evidente e influencia a permanência desse comportamento prejudicial no país. Assim, vê-se a urgência da adoção de ações que possam minimizar esse quadro.
Destarte, medidas são necessárias para que o uso de drogas por menores de idade seja combatido. Posto isso, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, por meio de parcerias entre Estado e instituições de iniciativa privada, devem investir em ações educativas, com o objetivo de conscientizar a população a respeito dos danos que essa prática provoca. Essas ações devem ser feitas em escolas, já na educação básica, por intermédio de palestras e campanhas para mantê-los informados sobre as consequências do uso de drogas. Além disso, é imprescindível que o Estado forneça auxílio, com a disponibilidade de profissionais da saúde, àqueles que necessitam de tratamento para viver independente do consumo desses químicos. Dessa maneira, será possível perceber mudanças significativas na construção de um país que se importe com o bem-estar da população.