O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileiraNa Grécia Antiga, a palavra estigma era associada ao ato de marcar criminosos, escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade, com ferro em brasa. Porém, na sociedade contemporânea, essa palavra traz um novo significado, ligada às doenças mentais, pois invés do uso do ferro em brasa, o preconceito tem o objetivo de marginalizar as pessoas. Devido a isso, obstáculos como a falta de diálogo e a negligência se tornam comuns na sociedade. Portanto, é necessário analisar as causas e consequências desta problemática.''Preconceito é apenas opinião sem conhecimento.'' A frase do filósofo francês, Voltaire, mostra que falta de conhecimento é a razão de existir ainda uma forte repulsão quando se trata de doenças mentais. Sendo assim, o diálogo sobre saúde mental se torna escasso, demonizando ainda mais esses transtornos, como, ansiedade e depressão, quando na realidade elas são mais que comuns entre os indíviduos.Em consequência disso, as pessoas evitam falar sobre e, na maioria das vezes, agravam seus quadros psíquicos. Desse modo, a negligência em cima de transtornos mentais se torna cada vez maior, consequentemente, menos pessoas procuram ajuda e acabam até tirando a própria vida. Os casos dos artistas de k-pop Jonghyun e Sulli trazem um exemplo dessa situação extrema, pois, mesmo ambos falarem abertamente sobre suas situações, o assunto foi tratado com indiferença.Em virtude dos aspectos mencionados, é de suma importância tomar medidas a respeito dos estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira. Deste modo, é fundamental que o Ministério da Saúde e os meios midiáticos criem projetos de conscientização sobre a importância do diálogo sobre as doenças mentais, por meio de propagandas e campanhas nos ambientes sociais, visando melhorar a situação desta problemática na sociedade, assim evitando que ocorra uma repetição histórica.