No contexto atual da sociedade brasileira destacar a gravidez na adolescência é fundamental. De acordo com o relatório apresentado em 2013 pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 12% das adolescentes de 15 a 19 anos, no Brasil, tem pelo menos um filho, estando esta problemática intrinsecamente ligada a falta de acesso à educação sexual nas escolas e a desigualdade social.
Em primeiro plano, é importante ressaltar que a falta da educação sexual é um fator para a permanência do impasse. Nessa perspectiva, cabe analisar a série Sex Education, original da Netiflix, onde um aluno de Moordele resolve implantar terapia sexual para outros alunos com base informativa, evidenciando a importância das instituições abordarem aulas sobre a temática, efetivas e assistenciais. Diante dessa perspectiva, nota-se que a população brasileira enxerga a inserção das aulas de instrução sexual como tabu, prejudicando o acesso ao conhecimento. Consequente, a negligência educacional resultará em problemas que irá refletir na sociedade como um todo, o que, além de evidenciar o contexto discutido, vai de encontro com o seriado. Diante dos fatos apresentados, é imprescindível uma ação do Estado para mudar sua realidade.
Ademais, é indubitável que a desigualdade social é um contribuinte importante para a persistência da problemática. Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o empecilho do outro. No entanto, quando se observa os altos índices de gestação na adolescência no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática, tendo em vista que jovens pobres, pretas, indígenas ou com baixa escolaridade estão sujeitas a engravidarem mais. Com isso, devido às novas obrigações, aumentam-se os números de evasão escolar, desigualdade e exclusão. Assim sendo, ações eficientes precisam ser aplicadas para se alcançar os ideais iluministas.
Em vista dos dados supracitados, faz-se necessário a adoção de medidas que venham amenizar as causas da gravidez na adolescência no Brasil. Por conseguinte, cabe ao Governo desenvolver políticas publicas e ações que promovam o direito, conhecimento e autonomia de seus próprios corpos, por via de recursos governamentais, com a finalidade de que as gravidezes não planejadas sejam evitadas. Somente assim, os dados apresentados irão diminuir de uma forma gradativa.