Na Grécia Antiga, iniciou-se a cultura de culto ao corpo, na qual a existência de um padrão estético corporal incitava os indivíduos daquela sociedade a almejarem a obtenção do físico ideal. De maneira análoga, hodiernamente, a permanência de padrões de beleza corroboram para práticas excludentes e preconceituosas para com os que estão fora do padrão, como, por exemplo, a gordofobia. Dessa forma, ratifica-se a situação como crítica, haja vista que impacta negativamente o corpo social tupiniquim.
Em primeira instância, é válido pontuar que a gordofobia se caracteriza como aversão ao corpo gordo, sobretudo porque está fora do padrão estético vigente. Tal padrão associa, erroneamente, a magreza ao corpo saudável, por conseguinte, a falta de saúde aos corpos acima do peso. Dessa maneira, pessoas gordas são frequentemente alvos de piadas de mau gosto que, diversas vezes, podem interferir na sua autoestima e que revelam raízes preconceituosas na sociedade brasileira.
Além disso, é importante mencionar a influência que as forças midiáticas possuem ao reforçarem padrões estéticos e serem propulsoras de anúncios que promovem a ideia supracitada que relaciona saúde com magreza. A partir disso, cria-se um imaginário social no qual é incabível um indivíduo gordo ser saudável e gera espaço para a criação de justificativas infundadas ao criticar pessoas gordas.
Torna-se, portanto, essencial que as forças midiáticas realizem mudanças na forma com que retratam indivíduos acima do peso, visto que são capazes de moldar opiniões em massa, de modo a evitar a propagação de ideias preconceituosas. Essas ações são viáveis por meio da adaptação de comerciais que abordem sobre saúde sendo representados não necessariamente por pessoas magras, reforçando, ainda, que a magreza não é sinônimo de saúde. Com isso, será possível, então, atenuar o quadro de gordofobia no território verde amarelo.