tema: sedentarismo, um problema de saúde pública no Brasil
“Há um momento em que se torna necessário mudar os caminhos que nos levam sempre ao mesmo lugar”. Essa assertiva, do escritor Fernando Pessoa, pode ser relacionada com a realidade do sedentarismo, a qual necessita de novos “caminhos” para mitigar esse problema de saúde pública no Brasil. Nesse sentido, é visível que o hábito, na sociedade, de não se exercitar, aliado a falta de aplicação dos direitos garantidos na Constituição, contribui para a manutenção do sedentarismo. Diante desse cenário, é notório que a cultura exerce um papel determinante na formação individual. Sob tal ótica, à luz do pensamento do sociólogo Bourdieu, o “Habitus” se caracteriza pela reprodução de costumes aprendidos socialmente que transcendem o indivíduo. Nesse contexto, é indiscutível que a sociedade brasileira exprime um lastimável “Habitus” no que concerne ao sedentarismo, a julgar que muitos indivíduos gastam poucas calorias, durante a semana, com atividades ocupacionais, o que potencializa o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. Dessa forma, é inquestionável que a manutenção desse hábito é um problema de saúde pública que não pode continuar, visto que é, extremamente, prejudicial aos indivíduos. Outrossim, é evidente que a falta de aplicação dos atos normativos contribuem diretamente para a conservação do sedentarismo. Sob essa perspectiva, o livro “O Cidadão de papel”, do escritor Gilberto Dimenstein, aborda a falta de efetividade dos direitos garantidos na Constituição. Nessa configuração, é incontestável que a saúde é um direito de todos os cidadãos brasileiros, entretanto, tal perspectiva só se encontra presente no “papel”, haja vista a pouca disponibilidade de programas de promoção de atividade física, o que potencializa o sedentarismo. Diante desse aspecto, é indubitável que essa lamentável realidade acarreta prejuízos para a saúde pública, uma vez que os gastos com internação de pessoas sedentárias poderiam ter sido evitados. Dessa maneira, é irrefutável a necessidade de investir em projetos de incentivo à atividade física, a fim de que se reduza os casos de sedentarismo no Brasil. Dessarte, é inegável que o sedentarismo é um problema de saúde pública que urge ser combatido. Portanto, cabe ao Governo, já que é o órgão responsável por garantir o bem estar social, em parceria com o Ministério da Saúde, desenvolver campanhas, por meio de projetos socioeducativos, com o intuito de alertar a população acerca das consequências do sedentarismo para o indivíduo e para a sociedade. Por conseguinte, como alegou Fernando Pessoa, alterando os “caminhos” essa realidade será mudada.