O documentário "Rompendo Barreiras: Nosso Planeta" retrata um colapso ambiental na Terra provocado pela degradação e exploração dos recursos naturais e pelos efeitos das emissões de gases estufa, além de apresentar alternativas para reverter a crise climática. Nesse sentido, o cenário brasileiro contribui para o panorama devastador abordado no documentário, visto que falta políticas de incentivo ao uso de energia limpa em razão da predominância de fontes energéticas insustentáveis. Com efeito, para consolidar uma geração de energia verde é necessário desconstruir a indiferença social e a inoperância estatal.
Diante desse cenário, a escassez de mobilização do corpo civil para cobrar as autoridades responsáveis impossibilita a implementação de energias renováveis. Nesse viés, o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro "O Homem Cordial", expõe o egoísmo presente na sociedade brasileira, a qual tende priorizar ideias particulares em detrimento do bem estar coletivo. Sob essa lógica, observa-se a impregnação dessa mentalidade imprudente na população, haja vista a falta de engajamento dos indivíduos para exigir o desenvolvimento e investimento em fontes energéticas limpas, o que evidencia uma ausência de conscientização ambiental e o esvaziamento empático acerca do equilíbrio ecológico e dos efeitos negativos para futuras gerações. Assim, a apatia social impede que medidas eficazes para frear as mudanças climáticas sejam consolidadas no Brasil.
Ademais, a passividade governamental, no que tange ao planejamento de incentivos para implementar energias limpas, potencializa os danos ambientais decorrentes da exploração de recursos. A esse respeito, na obra "Democracia em Pedaços", Gilberto Dimenstein afirma que o principal problema do Brasil é a fragmentação da democracia, a qual ocorre em virtude da atuação repressiva de uma União que provoca o cerceamento dos direitos sociais. Nessa perspectiva, tal postulado se aplica ao contexto nacional na ineficiência estatal em garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, uma vez que a carência de ações que fomentem a geração energética sustentável e a falta de verbas para investir em usinas verdes, evidenciam um descompromisso do Estado. Inclusive, essa letargia acentua crises ambientais devido à predominância de fontes não renováveis. Dessa forma, enquanto a negligência do Governo se mantiver, os direitos dos cidadãos serão pulverizados.
Portanto, é necessária a aplicação de políticas de incentivo ao uso de energia renovável. Sendo assim, o Ministério do Meio Ambiente deve informar o corpo social a importância de fontes energéticas sustentáveis, por meio de palestras e feiras comunitárias, as quais ocorreriam com a participação de ambientalistas e biológos, a fim de que a comunidade se mobilize e tenha uma responsabilidade ambiental. Somado a isso, o Ministério de Minas e Energia deve ampliar a capacidade de energias verdes nas áreas urbanas, por intermédio de parcerias público-privada, com intuito de proporcionar um meio ambiente equilibrado. Somente assim, a sociedade brasileira ajudará na reversão do colapso ambiental relatado no documentário.