O ato de estudar, poder dedicar um tempo exclusivamente para alfabetização, por muito tempo foi uma atividade privilegiada. Anteriormente, toda a família precisava se dedicar-se apenas ao campo e a lavoura para obter o sustento necessário para sobrevivência, então estudar era para privilegiados. Com a modernização e melhoria de vida, poder estudar se tornou acessível à toda população. Apesar de muita melhora, a evasão escolar ainda é uma infeliz realidade no Brasil, as crises econômicas enfrentadas pelo país geram uma onda de empreendedorismo precoce e informal, além da falta de interesse em cursos superiores. Essas mazelas contribuem para que haja uma alta taxa de evasão escolar que resultam em desafios para a sociedade brasileira.
Primeiramente, a necessidade de complementação da renda familiar é a maior causa de empreendedorismo precoce e informal. Com isso, o abandono escolar ainda em período letivo é a opção para poder adentrar no mercado de trabalho ainda na adolescência. De acordo com uma pesquisa da revista ‘Isto é’, há dados que 1 em 4 brasileiros, entre 15 e 17 anos, abandonam os estudos anualmente. Visto que são dados alarmantes, pois atualmente o mercado de trabalho está cada dia mais exigente em formação no ensino superior.
Em segunda análise, a falta de interesse nos cursos superiores é um problema enfrentado pela população brasileira. Esse problema liga-se novamente à questão econômica, em que torna-se difícil conciliar a jornada trabalhista e acadêmica. Além disso, a dificuldade dos vestibulares -modo de ingressar nas faculdades– é uma justificativa para o baixo interesse em graduações.
Portanto, diante dos fatos analisados, é necessário medidas que visem minimizar os danos causados pela evasão escolar no Brasil. Assim, é preciso que o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Educação, juntamente com incentivo privado, amplie programas de cursos técnicos remunerados já inclusos na grade escolar. Com a finalidade de ajudar economicamente os alunos que ingressarem nessa modalidade de ensino, por meio de bolsas de auxílio econômico, para que os alunos não precisem deixar a sua educação em virtude de ajudar na renda familiar. Dessa forma, ao concluir a grade escolar, o indivíduo ainda terá um curso técnico que o ajudará no mercado de trabalho. Sendo assim, o ato de estudar, verdadeiramente deixará de ser um privilégio, já que o direito de estudar é garantido constitucionalmente,