Durante a Era Vargas, foi baixado um decreto que proibia as mulheres de realizarem atividades consideradas incompatíveis com sua natureza. Atualmente, apesar de tal norma não permanecer em vigor, a necessidade de fortalecer o reconhecimento da mulher brasileira é evidente. Assim, os caminhos para o objetivo em questão encontram barreiras no histórico de opressão contra a mulher e na permanência de idealizações de gênero.
Primeiramente, a posição da mulher na sociedade, na qual não lhe é direcionado o devido reconhecimento, advém de estigmas do passado. Nesse sentido, no conto "Missa do Galo" de Machado de Assis, o narrador apresenta a esposa de seu primo como alguém desprovida de personalidade e anseios, demonstrando como a mulher do século XIX dedicava-se ao marido e submetia-se a ele. A partir dessa construção, a posição a qual a mulher é historicamente relegada causa o seu desmerecimento, associando suas ações a um homem e retirando seus méritos.
Ademais, a persistência dos padrões de gênero na sociedade contribui para o cenário destacado. A exemplo disso, a telenovela "Malhação: Sonhos" apresenta a personagem Karina, uma lutadora que não se encaixa nos padrões estabelecidos socialmente e enfrenta diversos desafios por ser mulher nessa profissão. Com isso, é evidenciado como o reconhecimento da mulher é prejudicado pelo femino e suas consequências profissional e socialmente.
Diante do exposto, é perceptível a necessidade de buscar meios de reconhecer a mulher na sociedade brasileira. Desse modo, cabe à comunidade, por meio das plataformas midiáticas - como as redes sociais -, promover a conscientização acerca do tema. Consequentemente, haverá uma maior mobilização para alterar o atual paradigmas, objetivando um rompimento com o histórico de idealizações e falta de reconhecimento da mulher.