No filme “Interestelar” quatro astronautas recebem a missão de irem à uma viagem espacial com o objetivo de encontrar outro planeta habitável. Tal situação que se deve por conta das condições em que a Terra se encontrava: destruída por ações antrópicas. Analogamente à obra cinematográfica, a questão da conservação ambiental enfrenta problemas no que tange à atividade extrativista e à seca intensificada. Logo, seja pelo agronegócio, seja pela crise hídrica, é primordial analisar as queimadas e a preservação do meio-ambiente.
Em primeiro plano, destaca-se uma pesquisa do Programa Queimadas do INPE, a qual afirma que o índice de focos de incêndio na floresta Amazônica cresceu cerca de 110% de 2018 para o ano de 2019. Esses dados podem ser justificados devido ao método de limpeza de terrenos utilizado por agropecuaristas. Nesse viés, o fogo é manuseado como forma de capinar o campo, retirando rapidamente toda a vegetação presente, uma vez que produtores necessitam de uma vasta pastagem para desenvolver seus recursos. Consequentemente, por conta da agressiva técnica, o solo perde seus nutrientes de maneira mais acelerada do que o normal, sendo abandonado quando decai sua fertilidade, o que faz com que, posteriormente, se torne uma paisagem desértica. Ademais, animais também são vítimas do contexto, visto que correm o risco de se machucarem e virem à óbito por causa das queimaduras, além da perda de seus habitats. Dessa maneira, é inegável que o cultivo e a criação de carne são impulsionadores da problemática.
Em segundo plano, cabe averiguar a relação do assunto em pauta com a estiagem. Sabendo que a tática de queimas reduz tragicamente o número de plantas no recinto, o ciclo da precipitação proveniente de florestas é interferido. Sob essa perspectiva, com o vapor de líquido cada vez mais reduzido, o regime de chuvas sofre uma drástica desregulação, e períodos de seca são fortalecidos. Nesse cenário, o clima impacta negativamente no cotidiano dos indivíduos, na disponibilidade hídrica para geração de energia, consumo de água, plantio e, por conseguinte, geração de sequelas econômicas. Assim, é indubitável os danos causados em virtude do desmatamento.
Torna-se evidente, portanto, que medidas são essenciais para amenizar o impasse. É dever do Governo Federal –instância máxima de administração pública- promover uma melhoria em seu sistema, por meio de investimentos em projetos que visam ao combate às práticas prejudiciais aos biomas, tais como, queimadas, com o fito de garantir a preservação do meio-ambiente. Dessa forma, é de se esperar que a sociedade atual não tenha o destino de “Interestelar”.