A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, defende a manutenção do respeito entre os povos de uma mesma nação. No entanto, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário, quanto à questão do desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil. Nessa contexto, percebe-se a configuração de uma grave problema de contornos específicos, em virtude da desigualdade de riqueza entre os municípios e a expressão regional.
Em primeiro plano, o desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil, encontra terra fértil no individualismo. Na obra "Modernidade Líquida", Zugmunt Bauman defende que a pós-modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. Em virtude disso há como consequência, a falta de empatia pois para se colocar no lugar do outro, é preciso deixar de olhar apenas para si. Essa liquidez que influi sobre a desigualdade de riqueza entre os munícipios funciona como um forte empecilho para sua resolução.
Além disso, é preciso atentar a impunidade na questão. Nessa perspectiva a máxima de Martin Luther King de que "A injustiça num lugar qualquer ameaça a justiça em todo lugar", cabe perfeitamente. Deste modo têm-se como consequência a generalização da injustiça e a prevalência do sentimento de insegurança coletiva no que tange a expressão regional.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra o MEC junto com o Ministério da Cultura devem desenvolver palestras em escolas para alunos do ensino médio. Tais palestras devem ser webconferenciadas nas redes sociais dos Ministérios com objetivo de trazer mais lucidez sobre o desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil e atingir um público maior. Por fim a comunidade brasileira devem ser mais otimistas com as diferenças, pois como constatou Hannah Arendth: "A pluralidade é a lei da terra".