TEMA: RACIONAMENTO DE ÁGUA E CRISE HÍDRICA EM QUESTÃO NO BRASIL
No livro Cidadão de Papel, do autor Gilberto Dimesntein, é dito que para se consolidar uma sociedade justa e igualitária deve-se garantir direitos e deveres fundamentais aos cidadãos. Indo contra essa obra, quando se fala das crises hídricas no Brasil, é nítido a pouca importância que boa parte da população e o Estado dão a essa séria temática. Dessa forma, esse problema precisa ser profundamente dissertado.
A princípio, é fato que muitos cidadãos não fazem o uso racional da água, e isso agrava e muito as consequências das crises hídricas. Isso ocorre, por exemplo, com as pessoas que lavam calçadas, carros e gastam centenas de litros desse líquido, como se ele fosse inesgotável. Tal realidade é ratificada por um juízo do filósofo Sócrates, de que “os erros são consequência da ignorância humana’’, no caso, a não observância mínima a padrões de consumo consciente da água para minimizar um pouco os efeitos dessas crises de abastecimento.
Além disso, a falta de políticas públicas mais eficazes que visem minimizar os efeitos negativos das crises hídricas fere a constituição federal, que há 32 anos, promete em seu artigo 10 em relação a dignidade da pessoa humana e cidadania. Dessarte, o Estado não atuou eficientemente para cumprir com esses direitos e deixou boa parte da população sujeita a racionamento de água mais restritivos, pois não atuou a tempo para minimizar tal realidade, se com obras para melhor abastecimento e captação de água ou reeducando a população no trato com esse bem. Consequentemente, o país outrora idealizado na Carta Magma de 1988 ficou bem diferente do Brasil atual.
Logo, o a complexa situação em volvendo o problema exposto precisa ser solucionada. Nessa perspectiva, cabe a União, agente garantidora de direitos, por meio de amplo projeto de combate as consequências das crises hídricas, construir ampla rede de adutoras interligando os mananciais aos centros urbanos, construir dessalinizadores na costa para tornar a água do mar potável e implementar campanhas incentivando o uso ecologicamente correto da água por toda a população. Assim, o Brasil será uma nação que seque os preceitos da obra “O Cidadão de Papel’’ e também suas leis vigentes.