De acordo com o artigo 6 da Constituição Federal, a educação é um direito social dos cidadãos brasileiros. No entato, na realidade do país, a evasão escolar e o consequente descumprimento dessa garantia são impasses enfrentados por muitos indivíduos, causados, principalmente, pela condição econômica dos alunso e que impacta diretamente sobre a inserção no mercado de trabalho no futuro. Dessa forma, é importante discutir as questões e consequências acerca da continuidade desse problema.
Inicialmente, vale pontuar como o cenário socioeconômico dos estudantes influencia nos índices de abandono escolar. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, a evasão no ambiente estudantil é 8 vezes maior entre jovens de famílias mais pobres, evidenciando como a renda dos alunos é determinante para essa problemática. Diante desse panorama, dessarte, observa-se a receita como fator crucial para a continuição do aumento das taxas de fuga nas escolas brasileiras, uma vez que as dificuldades financeiras afastam do aprendizado aqueles estudantes mais vulneráveis, os quais precisam deixar seus estudos para garantir condições mínimas de sobrevivência.
Por conseguinte, a evasão escolar está intrinsecamente ligada às adversidades enfrentadas no mercado de trabalho pelos evasores. Conforme um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a baixa escolaridade triplica as chances de desemprego, o que torna claro como o abandono escolar é decisivo para o ingresso e manutenção de atividades trabalhistas, porquanto representa uma das razões para a formação incompleta. Desse modo, combater a evasão é assegurar condições para a atuação laboral pelos estudantes no futuro.
Portanto, é fundamental que o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação, faça o reformulamento de bolsas e auxílios estudantis a serem distribuídos a partir do monitoramento dos dados de vulnerabilidade socioeconômica, a fim de reduzir a necessidade de evasão escolar entre indivíduos em condições desfavoráveis. Ademais, o Ministério da Economia deve agir criando campanhas e ações comunitárias para informar sobre a importância da qualificação formal para o mercado de trabalho e, assim, influenciar a permanência dos indivíduos nas escolas.